Pesquisa indica que as
mudanças climáticas podem aumentar o risco de insegurança alimentar.
Os extremos climáticos
causados pelas mudanças climáticas podem aumentar o risco de escassez de
alimentos em muitos países, sugere uma nova pesquisa.
Índice
de Vulnerabilidade à Fome e Clima para clima de 1981-2010.
O estudo, conduzido pela
Universidade de Exeter, examinou como a mudança climática pode afetar a
vulnerabilidade de diferentes países à insegurança alimentar – quando as
pessoas não têm acesso a uma quantidade suficiente de alimentos nutritivos e
acessíveis.
Os cientistas analisaram a
diferença entre o aquecimento global de 1,5°C e 2°C (comparado aos níveis
pré-industriais) e descobriram que – apesar do aumento da vulnerabilidade à
insegurança alimentar em ambos os cenários – os efeitos seriam piores para a
maioria dos países a 2°C.
O estudo analisou 122 países
em desenvolvimento e menos desenvolvidos, principalmente na Ásia, África e
América do Sul.
“Espera-se que a mudança
climática leve a extremos de chuvas intensas e secas, com efeitos diferentes em
diferentes partes do mundo”, disse o professor Richard Betts, presidente de
Impactos Climáticos da Universidade de Exeter.
“Esses extremos climáticos
podem aumentar a vulnerabilidade à insegurança alimentar”.
“Algumas mudanças já são
inevitáveis, mas se o aquecimento global estiver limitado a 1,5°C, essa
vulnerabilidade deverá permanecer menor que a 2°C em aproximadamente 76% dos
países em desenvolvimento”.
Espera-se que o aquecimento leve a condições
mais úmidas em média – com as enchentes colocando a produção de alimentos em
risco -, mas a agricultura também pode ser prejudicada por secas mais
frequentes e prolongadas em algumas áreas.
As condições mais úmidas
deverão ter o maior impacto no sul e no leste da Ásia, com as projeções mais
extremas sugerindo que o fluxo do rio Ganges poderia mais que dobrar a 2°C do
aquecimento global.
Espera-se que as áreas mais
afetadas pelas secas sejam o sul da África e a América do Sul – onde os fluxos
na Amazônia deverão cair em até 25%.
Os pesquisadores examinaram
as mudanças projetadas nos extremos climáticos e suas implicações para a
disponibilidade de água doce e a vulnerabilidade à insegurança alimentar.
A equipe incluiu
pesquisadores do Met Office, da Comissão Europeia, da Universidade Técnica de
Creta, da Cranfield University e do Rossby Centre na Suécia. (ecodebate)
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