Ilyas Ahmed A seca na África
Ocidental é uma das grandes consequências da mudança climática.
Relatório sobre o estado do clima
destaca impactos econômicos e sociais.
Registou-se em 2017 o ano
mais dispendioso com eventos climáticos e tempo extremo, segundo um relatório
da Organização Mundial de Meteorologia, OMM.
Contribuíram para isto uma
temporada de furacões grave no Atlântico Norte, cheias extremas no
subcontinente indiano e a continuação da seca na África Ocidental. Segundo o
estudo, estes eventos causaram prejuízos de US$ 320 bilhões.
Impacto
O relatório sublinha o
impacto que estes eventos tiveram no desenvolvimento econômico, segurança
alimentar, saúde e migração. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, disse
que “2018 começou da mesma forma que 2017 terminou – com tempo extremo a roubar
vidas e a destruir formas de subsistência”.
Estes eventos provocaram o
deslocamento de 23,5 milhões de pessoas. O risco de doenças relacionadas com
temperaturas altas aumentou de forma constante desde os anos 80. Hoje, 30% a
população vive em locais com temperaturas potencialmente mortais durante, pelo
menos, 20 dias do ano.
Segundo o relatório, os
impactos do clima afetam nações vulneráveis de forma mais forte. Os autores
garantem que “a época de furacões erradicou décadas de ganhos de
desenvolvimentos nas ilhas do Caribe”.
Aquecimento
Numa declaração, Taalas
referiu o aumento dos níveis de dióxido de carbono e disse que “estes níveis
devem manter-se nas próximas gerações, condenando o nosso planeta a um futuro
mais quente, com mais extremos meteorológicos, climáticos e de água”.
O documento confirma que 2017
foi o terceiro ano mais quente desde que há registo. Se não for tida em conta a
influência do El Niño, foi o ano mais quente.
Os nove anos com calor mais
intenso de que há registo aconteceram todos desde 2005. Os cinco mais quentes
aconteceram todos desde 2010.
A temperatura dos oceanos
baixou em relação aos dois anos anteriores, mas 2017 ainda foi o terceiro mais
quente de que há registo. O estudo diz que “a magnitude de todos os componentes
da subida do nível dos mares aumentou nos últimos anos”.
A extensão do gelo, tanto no
Ártico como na Antártida, foi a menor já medida.
Preparação
O lançamento do documento
ocorreu nas vésperas do 23 de março, Dia Mundial da Meteorologia.
Este ano, a organização
sublinha “a necessidade de fazer um planeamento informado para acidentes, como
cheias, assim como para a variação normal do clima e as mudanças de longo
prazo”.
O secretário-geral da OMM disse que este tema é
importante porque “as mudanças climáticas de longo prazo estão a aumentar a
intensidade e a frequência do tempo extremo e dos eventos climáticos”.
Prejuízos
com condições meteorológicas extremas tiveram impacto significativo no
desenvolvimento económico, segurança alimentar, saúde e migração. Mais de 23
milhões de pessoas foram obrigadas a deslocar-se. (ecodebate)
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