De
acordo com pesquisa, cerca de 35% de todos os exoplanetas conhecidos que são
maiores que a Terra devem ser ricos em água.
Concepção artística de uma
formação planetária mostra planetas da zona habitável com semelhança com a
Terra: Da esquerda, KEPLER-22B, KEPLER-69C, KEPLER-452B, KEPLER-62F E
KEPLER-186F. O último da fila é a própria Terra.
A descoberta, em 1992, de
existiam planetas orbitando outras estrelas que não o Sol gerou uma corrida na
astronomia para conhecer os chamados exoplanetas: quantos são, onde estão como
funcionam, do que são feitos. Tudo sempre com aquele fundo de esperança de que
eles tenham condições de abrigar vida.
Um dos fatores primordiais
para que se enquadre em um possível lugar para, como na Terra, a vida ter
surgido é a água. Uma nova avaliação de dados do Telescópio Espacial Kepler e
da missão Gaia demonstra
que a água é muito comum em nossa galáxia.
Muitos dos 4000 corpos
celestes que os astrônomos acreditam se tratar de exoplanetas podem conter até
50% de água. Isso é muito mais que da Terra, onde 0,02% da massa é de água.
"Foi uma grande surpresa perceber que deve haver tantos mundos da
água", disse o pesquisador chefe Dr. Li Zeng, da Universidade de Harvard,
em comunicado.
Os exoplanetas costumam ser
divididos em duas categorias de tamanho: aqueles com o raio planetário
aproximado de uma Terra e meia, e aqueles com média de 2,5 vezes o raio da
Terra. "Nós olhamos como a massa se relaciona com o raio e desenvolvemos
um modelo que pode explicar a relação", disse Li Zeng.
Aglomerado Ômega Centauri.
A zona habitável é a região
ao redor de uma estrela em que a sua radiação consegue manter a temperatura
entre 0 e 100 graus Celsius, ou seja, manter a água em estado líquido. Para o
Sol, a zona habitável vai mais ou menos da órbita de Vênus até a órbita de
Marte.
O modelo indica que os
exoplanetas com raio de cerca de 1,5 vez o raio da Terra tendem a ser planetas
rochosos (tipicamente com cinco vezes a massa da Terra), enquanto aqueles com
raio de 2,5 vezes o raio da Terra (com uma massa em torno de 10 vezes a da
Terra) são provavelmente mundos da água".
"Nossos dados indicam
que cerca de 35% de todos os exoplanetas conhecidos que são maiores que a Terra
devem ser ricos em água. Esses mundos de água provavelmente se formaram de
maneira semelhante aos gigantescos núcleos planetários (Júpiter, Saturno,
Urano, Netuno)”, afirmou.
Só que nem tudo é maravilha.
Na grande maioria deles é provável que a água não seja tão facilmente acessada
como aqui. "Espera-se que sua temperatura na superfície esteja na faixa de
200 a 500 graus Celsius. Sua superfície pode ser envolta em uma atmosfera
dominada por vapor de água, com uma camada de água líquida por baixo”,
afirmou Li Zeng.
O anúncio feito pela NASA de
que há grandes chances de haver água corrente em Marte, aumentou as
especulações sobre a existência de vida no planeta vermelho.
“Mais abaixo, seria de se
esperar que essa água se transformasse em gelo, devido a alta pressão, antes de
chegarmos ao núcleo rochoso sólido”. (globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário