Novo estudo mostra que
material libera metano e etileno na atmosfera, gases que provocam o efeito
estufa.
Emissão de
gases por plásticos que estão no oceano ocorre conforme eles se decompõem.
Os tipos mais comuns de plásticos liberam gases de
efeito estufa no meio ambiente à
medida que se decompõem, contribuindo com o aquecimento global. Segundo estudo
publicado no PLOS One, quando o
material muda fisicamente, ele também exibe mudanças químicas que colocam
metano e etileno na atmosfera, o que pode prejudicar a saúde humana.
Os plásticos degradam-se
naturalmente por causa de fatores ambientais como luz, calor, umidade e
oxidação química. O polietileno usado em sacolas plásticas, por exemplo, foi o
maior contribuinte para os gases de efeito estufa e também o tipo de plástico
mais produzido e descartado no mundo, conforme informou a pesquisa.
Plásticos de polietileno de
baixa densidade utilizados para fabricar sacolas de alimentos congelados, filme
retrátil e revestimentos para caixas de leite são encontrados no oceano com
frequência, e o dano disso pode só aumentar com o tempo. Uma vez que a luz
solar começa a decompor o plástico (no processo chamado fotodegradação), as
emissões podem continuar mesmo quando o sol se põe. Quando esses plásticos
estão quebrados ou rachados, a taxa de produção de gás pode acelerar ainda
mais.
Gaivotas procuram comida ao
lado de pilhas de garrafas de plástico no litoral de Ouzai, ao sul de Beirute,
em 19 de julho de 2018.
Os microplásticos, pequenas
partículas de plástico, também podem acelerar a produção de gases do efeito
estufa.
"O plástico representa
uma fonte de gases relevantes ao clima que devem aumentar à medida que mais do
material é produzido e acumulado no meio ambiente", disse em
comunicado David Karl, autor do estudo. "O plástico ainda não está
sendo usado para a avaliação global dos ciclos de metano e etileno."
Como a pesquisa observou, os
plásticos começaram a ser produzidos em massa há quase 70 anos. Devido à sua
durabilidade e ao uso prático, espera-se que as taxas de produção dobrem nos
próximos 20 anos, o que pode contribuir para a continuidade de liberação de uma
variedade de produtos químicos durante sua degradação.
Os gases do efeito estufa
influenciam diretamente as mudanças climáticas, afetando o nível do mar, as
temperaturas globais, a saúde ambiental e alterando os padrões de clima.
“Devido à longevidade e à
grande quantidade de plástico que persiste no meio ambiente, questões
relacionadas ao papel dele nos montantes globais de metano e etileno devem ser
priorizadas e abordadas pela comunidade científica”, concluiu-se na pesquisa.
(globo)
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