Fiocruz lança documentário ‘Agrofloresta é mais’.
O
documentário Agrofloresta é mais foi lançado, na última
quinta-feira (13/9), em Curitiba (Paraná). Dirigido por Beto Novaes, professor
e pesquisador do Projeto Educação através das Imagens, da UFRJ, o filme
é uma co-produção da VideoSaúde Distribuidora do Instituto de Comunicação
e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), das
Universidades Federais do Rio de Janeiro e do Paraná, do Ministério Público do
Trabalho do Paraná e da Associação Paranaense das Vítimas Expostas ao Amianto e
aos Agrotóxicos (Apreaa).
Agrofloresta
é mais.
A
produção mostra como uma área degradada pela produção extensiva de búfalos – a
Fazenda São Miguel, em Antonina (PR) – na região da Mata Atlântica paranaense,
foi transformada por meio de iniciativas de recuperação do meio ambiente pela
produção agroflorestal, com produção de alimentos e preservação da
biodiversidade.
Os
protagonistas dessa transformação foram as 24 famílias de agricultores do
Acampamento José Lutzenberger – Movimento dos Sem Terra (MST), numa área
conquistada em 2004 – a Fazenda São Miguel, na cidade de Antonina, a quatro
quilômetros do Pico Paraná, o ponto mais alto do estado. Em outubro de 2017, o
Acampamento recebeu o Prêmio de Conservação e Ampliação da Agrobiodiversidade,
pelo Instituto Sociambiental (ISA) justamente por essa iniciativa.
Apesar
das ameaças e das dificuldades, a decisão do grupo de agricultores pela agroecologia
veio a partir do momento em que se deram conta de que precisavam “sobreviver e
produzir”, numa Área de Proteção Ambiental (APA), e que requeria cuidados e um
novo aprendizado em como lidar com a terra. Além disso, Agrofloresta
é mais mostra, também, o orgulho dos trabalhadores pelo
aprendizado que tiveram e pelo que estão desenvolvendo – uma agricultura
saudável, que leva em consideração a saúde e o meio ambiente, afinal “a gente é
o que a gente come”, como afirmou de forma simples e direta, a agricultora
Valdineia Claudino, que trocou a cidade grande pelo campo.
Sinopse
No
dicionário, agroecologia significa agricultura sustentável que agrega
conhecimento científico e conhecimento tradicional. Sem fertilizantes
industriais e agrotóxicos. Já a agrofloresta é classificada como cultura
agrícola com emprego de espécies para restaurar florestas e áreas degradadas.
No
acampamento José Lutzenberger, Mata Atlântica, Estado do Paraná, os termos do
dicionário ganham vida por meio de histórias pessoais e de famílias inteiras. E
também por evidências de que um outro modelo de produção de alimentos e
preservação da biodiversidade é possível. Célia cultiva hortaliças, diz que seu
psicólogo é a mata e relembra os dias num bairro marcado pelas drogas.
Valdineia
conta como ela e os filhos nunca mais tomaram remédios. Luzinete recorda as
lutas contra jagunços e fazendeiros. Hoelington fez curso técnico e compartilha
o que aprendeu com a comunidade. Jonas, memória viva da comunidade, fala da
satisfação de recuperar um olho d’água e a mata ciliar de um rio.
A
natureza é sem dúvida surpreendente!!!
Como
é possível a agrofloresta produzir até 80 toneladas de alimentos por hectare
(8 kg/m2 anual), com baixo custo e ainda melhorando o
solo?
Se
comparado ao sistema convencional de produção. (ecodebate)
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