O envelhecimento populacional
segundo as novas projeções do IBGE.
O IBGE divulgou as novas
projeções da população brasileira, no final de julho, com a população estimada
em 208,5 milhões de habitantes em 2018, de 233,2 milhões de pessoas em 2047
(pico populacional) e de 228,3 milhões de habitantes em 2060. Portanto, a
população brasileira está a caminho da transição do crescimento para o
decrescimento demográfico.
Outra transição confirmada pelas
novas projeções é da estrutura etária, com a mudança de uma pirâmide
populacional de base larga (rejuvenescida) para uma pirâmide de base estreita e
de topo ampliado (envelhecida). O envelhecimento populacional é a transformação
da estrutura etária que acontece em decorrência do aumento da proporção de
idosos no conjunto da população e a consequente diminuição da proporção de
jovens. Durante mais de 500 anos, o Brasil teve uma estrutura etária
rejuvenescida. Mas isto vai mudar no decorrer do século XXI.
Taxas de fecundidade total
estimadas e projetadas 2000/2060.
Unidade
Federação
|
Taxas de fecundidade
|
||||||||
Estimadas
|
Projetadas
|
||||||||
2000
|
2010
|
2015
|
2018
|
2020
|
2030
|
2040
|
2050
|
2060
|
|
Brasil
|
2,32
|
1,75
|
1,80
|
1,77
|
1,76
|
1,72
|
1,69
|
1,67
|
1,66
|
Norte
|
3,14
|
2,21
|
2,11
|
2,03
|
2,00
|
1,88
|
1,83
|
1,81
|
1,80
|
Rondônia
|
2,55
|
1,84
|
1,88
|
1,88
|
1,87
|
1,82
|
1,79
|
1,77
|
1,76
|
Acre
|
3,94
|
2,45
|
2,37
|
2,22
|
2,14
|
1,89
|
1,80
|
1,77
|
1,75
|
Amazonas
|
3,43
|
2,47
|
2,39
|
2,28
|
2,22
|
2,01
|
1,89
|
1,83
|
1,79
|
Roraima
|
3,50
|
2,48
|
2,30
|
2,31
|
2,25
|
2,06
|
1,99
|
1,96
|
1,95
|
Pará
|
3,09
|
2,14
|
1,99
|
1,92
|
1,89
|
1,82
|
1,80
|
1,80
|
1,80
|
Amapá
|
3,82
|
2,55
|
2,29
|
2,11
|
2,04
|
1,86
|
1,82
|
1,80
|
1,80
|
Tocantins
|
2,73
|
2,03
|
1,96
|
1,93
|
1,91
|
1,83
|
1,80
|
1,79
|
1,78
|
Nordeste
|
2,59
|
1,82
|
1,78
|
1,75
|
1,73
|
1,69
|
1,67
|
1,66
|
1,66
|
Maranhão
|
3,25
|
2,12
|
1,95
|
1,93
|
1,90
|
1,83
|
1,81
|
1,80
|
1,80
|
Piauí
|
2,70
|
1,80
|
1,77
|
1,76
|
1,75
|
1,71
|
1,70
|
1,69
|
1,69
|
Ceará
|
2,60
|
1,75
|
1,74
|
1,70
|
1,69
|
1,66
|
1,65
|
1,64
|
1,64
|
Rio
Grande Norte
|
2,45
|
1,73
|
1,72
|
1,65
|
1,65
|
1,64
|
1,64
|
1,64
|
1,64
|
Paraíba
|
2,45
|
1,76
|
1,79
|
1,76
|
1,74
|
1,69
|
1,67
|
1,65
|
1,64
|
Pernambuco
|
2,46
|
1,79
|
1,83
|
1,76
|
1,74
|
1,68
|
1,66
|
1,65
|
1,64
|
Alagoas
|
2,90
|
2,00
|
1,83
|
1,76
|
1,74
|
1,69
|
1,68
|
1,68
|
1,68
|
Sergipe
|
2,68
|
1,82
|
1,78
|
1,74
|
1,72
|
1,67
|
1,66
|
1,65
|
1,65
|
Bahia
|
2,37
|
1,73
|
1,68
|
1,69
|
1,68
|
1,64
|
1,63
|
1,62
|
1,62
|
Sudeste
|
2,07
|
1,63
|
1,73
|
1,70
|
1,70
|
1,68
|
1,65
|
1,63
|
1,61
|
Minas
Gerais
|
2,14
|
1,57
|
1,62
|
1,62
|
1,61
|
1,60
|
1,58
|
1,57
|
1,55
|
Espírito
Santo
|
2,17
|
1,73
|
1,85
|
1,83
|
1,83
|
1,79
|
1,75
|
1,71
|
1,67
|
Rio
de Janeiro
|
2,03
|
1,59
|
1,75
|
1,74
|
1,73
|
1,68
|
1,64
|
1,59
|
1,55
|
São
Paulo
|
2,04
|
1,67
|
1,77
|
1,72
|
1,72
|
1,70
|
1,68
|
1,67
|
1,65
|
Sul
|
2,15
|
1,63
|
1,77
|
1,74
|
1,74
|
1,72
|
1,71
|
1,69
|
1,68
|
Paraná
|
2,19
|
1,72
|
1,80
|
1,80
|
1,79
|
1,76
|
1,74
|
1,71
|
1,68
|
Santa
Catarina
|
2,10
|
1,60
|
1,74
|
1,74
|
1,74
|
1,72
|
1,71
|
1,69
|
1,68
|
Rio
Grande Sul
|
2,13
|
1,56
|
1,74
|
1,68
|
1,68
|
1,68
|
1,68
|
1,68
|
1,68
|
Centro-Oeste
|
2,16
|
1,77
|
1,90
|
1,87
|
1,85
|
1,80
|
1,75
|
1,69
|
1,63
|
Mato
Grosso Sul
|
2,33
|
1,92
|
2,04
|
2,02
|
2,01
|
1,96
|
1,91
|
1,85
|
1,80
|
Mato
Grosso
|
2,35
|
1,88
|
2,08
|
2,06
|
2,05
|
1,99
|
1,92
|
1,86
|
1,80
|
Goiás
|
2,02
|
1,69
|
1,82
|
1,79
|
1,77
|
1,72
|
1,66
|
1,61
|
1,55
|
Distrito
Federal
|
2,13
|
1,65
|
1,71
|
1,68
|
1,67
|
1,63
|
1,59
|
1,54
|
1,50
|
Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação
de População e Indicadores Sociais.
Uma maneira de medir o envelhecimento populacional é por meio do Índice de Envelhecimento (IE), que é a razão entre o número de pessoas idosas sobre os jovens (crianças e adolescentes). Trata-se de uma razão entre os componentes extremos da pirâmide etária. O IE pode ser medido pelo número de pessoas de 60 anos e mais para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade. Uma população é considerada idosa quando o topo da pirâmide é maior do que a sua base, ou seja, quando o Índice de Envelhecimento (IE) é igual ou superior a 100.
Segundo as projeções anteriores do IBGE (revisão 2013), o Brasil se tornaria um país idoso em 2029, quando haveria 39,7 milhões de jovens (0-14 anos) e 40,3 milhões de idosos (60 anos e mais). Nesta data, o IE seria maior do que 100, ou seja, haveria 101,6 idosos para cada 100 jovens (veja a coluna vermelha no gráfico 1).
Uma maneira de medir o envelhecimento populacional é por meio do Índice de Envelhecimento (IE), que é a razão entre o número de pessoas idosas sobre os jovens (crianças e adolescentes). Trata-se de uma razão entre os componentes extremos da pirâmide etária. O IE pode ser medido pelo número de pessoas de 60 anos e mais para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade. Uma população é considerada idosa quando o topo da pirâmide é maior do que a sua base, ou seja, quando o Índice de Envelhecimento (IE) é igual ou superior a 100.
Segundo as projeções anteriores do IBGE (revisão 2013), o Brasil se tornaria um país idoso em 2029, quando haveria 39,7 milhões de jovens (0-14 anos) e 40,3 milhões de idosos (60 anos e mais). Nesta data, o IE seria maior do que 100, ou seja, haveria 101,6 idosos para cada 100 jovens (veja a coluna vermelha no gráfico 1).
Mas com as novas projeções do
IBGE (revisão 2018), o envelhecimento vai ocorrer um pouquinho mais tarde, no
ano de 2031. No ano 2010, havia 48,1 milhões de jovens de 0 a 14 anos e 20,9
milhões de idosos com 60 anos e mais. O Índice de Envelhecimento (IE) era de
43,4 idosos para cada 100 jovens, conforme mostra o gráfico 2. Em 2018, o
número de jovens caiu para 44,5 milhões e o de idosos subiu para 28 milhões,
ficando o IE em 63 idosos para cada 100 jovens.
O número de idosos vai ultrapassar o de jovens em 2031, quando haverá 42,3 milhões de jovens (0-14 anos) e 43,3 milhões de idosos (60 anos e mais). Nesta data, pela primeira vez, o IE será maior do que 100, ou seja, haverá 102,3 idosos para cada 100 jovens (veja a coluna vermelha no gráfico). Mas o envelhecimento populacional continuará sua marcha inexorável ao longo do século XXI. No ano de 2055, as projeções do IBGE indicam o montante de 34,8 milhões de jovens (0-14 anos) e de 70,3 milhões de idosos (60 anos e mais). O IE será de 202 idosos para cada 100 jovens. Ou seja, haverá mais do dobro de idosos em relação aos jovens.
O número de idosos vai ultrapassar o de jovens em 2031, quando haverá 42,3 milhões de jovens (0-14 anos) e 43,3 milhões de idosos (60 anos e mais). Nesta data, pela primeira vez, o IE será maior do que 100, ou seja, haverá 102,3 idosos para cada 100 jovens (veja a coluna vermelha no gráfico). Mas o envelhecimento populacional continuará sua marcha inexorável ao longo do século XXI. No ano de 2055, as projeções do IBGE indicam o montante de 34,8 milhões de jovens (0-14 anos) e de 70,3 milhões de idosos (60 anos e mais). O IE será de 202 idosos para cada 100 jovens. Ou seja, haverá mais do dobro de idosos em relação aos jovens.
Os gráficos de ambas as
projeções não deixam dúvidas quanto à diminuição da população jovem (0 a 14
anos) e do aumento da população idosa (60 anos e mais) ao longo do século XXI.
O Brasil jovem está ficando para trás e a partir da década de 2030 será um país
com uma estrutura etária idosa e a cada dia mais idosa. E não haverá mais
volta.
O futuro do Brasil é ser um
país com alta proporção de pessoas idosas. (ecodebate)
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