sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Camada de ozônio pode estar totalmente regenerada até 2060

Apesar da boa notícia, atenção ainda deve ser mantida para que tal previsão não seja revertida.
Com a regeneração da camada de ozônio a previsão é que o aquecimento global caia a 0,5°C.
Uma boa notícia para o meio ambiente: a camada de ozônio, que protege a Terra contra os raios ultravioletas solares, vem se recuperando a uma taxa de cerca de 2% ao ano desde 2000 e pode estar completamente regenerada até 2060, segundo um estudo da ONU.
A novidade se dá em razão do sucesso do Protocolo de Montreal, de 1987, que proibiu os clorofluorcarbonetos (CFCs), usados em aerossóis e refrigeradores, e outras substâncias destruidoras da camada de ozônio.
Segundo o estudo, se o bom andamento da medida continuar, o Hemisfério Norte poderá estar recuperado por volta de 2030, e o Hemisfério Sul, até 2050, prevê o relatório. Já o buraco sobre a Antártida – que chegou a ter o tamanho da América do Norte - pode estar completamente fechado até a década de 2060, constatou o estudo da ONU.
Segundo os pesquisadores, se não fosse pelo Protocolo de Montreal, a camada de ozônio da Terra seria totalmente destruída até 2065. Isso significa que sofreríamos consequências devastadoras, já que o planeta não teria, por exemplo, sua proteção contra raios ultravioletas que causam câncer de pele e outras doenças.
Buraco da camada de ozônio sobre a Antártida já foi do tamanho da América do Norte.
Atenção deve ser mantida
Apesar das boas notícias, ainda é preciso manter o cuidado. De acordo com a Agência de Investigação Ambiental (EIA), alguns países ainda emitem grandes quantidades de gases tóxicos na camada atmosférica. O principal dele é a China, que teve, inclusive, 18 fábricas poluentes clandestinas descobertas. A EIA disse que várias empresas chinesas admitiram exportar CFCs, etiquetando-os falsamente como compostos de hidrofluorcarbono (HFC). Desde a descoberta, o governo chinês prometeu fechar os locais.
"Se essas emissões de CFC-11 continuassem nesse nível, a recuperação do buraco na camada de ozônio na Antártida seria adiada por sete a 20 anos", afirmou Paul Newman, um dos autores do estudo da ONU e geocientista chefe no laboratório de pesquisas espaciais Goddard Space Flight Center da NASA.
Segundo eles, qualquer aumento nos produtos químicos pelo mundo que sejam capazes de reduzir a camada de ozônio pode prejudicar todo um trabalho realizado nos últimos 30 anos.
"Embora as mudanças climáticas e a redução da camada de ozônio sejam problemas distintos, existem algumas sobreposições interessantes. Se as nações cumprirem o Protocolo de Montreal, o controle dos HFCs reduzirá o aquecimento global em cerca de 0,5°C até 2100", afirma Newman.
Vale dizer que a recuperação da camada de ozônio pode trazer consequências que não são tão boas assim. De acordo com os pesquisadores, as temperaturas podem subir na região da Antártida, por exemplo, já que o ozônio tem o poder de reter calor. Isso afetaria o clima em regiões que já sofrem com mudanças climáticas provocadas pelo homem. (globo)

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