Apesar da boa notícia,
atenção ainda deve ser mantida para que tal previsão não seja revertida.
Com a regeneração da camada
de ozônio a previsão é que o aquecimento global caia a 0,5°C.
Uma boa notícia para o meio
ambiente: a camada de ozônio, que protege a Terra contra os raios ultravioletas
solares, vem se recuperando a uma taxa de cerca de 2% ao ano desde 2000 e pode
estar completamente regenerada até 2060, segundo um estudo da ONU.
A novidade se dá em razão do
sucesso do Protocolo de Montreal, de 1987, que proibiu os clorofluorcarbonetos
(CFCs), usados em aerossóis e refrigeradores, e outras substâncias destruidoras
da camada de ozônio.
Segundo o estudo, se o bom
andamento da medida continuar, o Hemisfério Norte poderá estar recuperado por
volta de 2030, e o Hemisfério Sul, até 2050, prevê o relatório. Já o buraco
sobre a Antártida – que chegou a ter o tamanho da América do Norte - pode estar
completamente fechado até a década de 2060, constatou o estudo da ONU.
Segundo os pesquisadores, se
não fosse pelo Protocolo de Montreal, a camada de ozônio da Terra seria
totalmente destruída até 2065. Isso significa que sofreríamos consequências
devastadoras, já que o planeta não teria, por exemplo, sua proteção contra
raios ultravioletas que causam câncer de pele e outras doenças.
Buraco da camada de ozônio sobre a Antártida já foi
do tamanho da América do Norte.
Atenção deve ser mantida
Apesar das boas notícias,
ainda é preciso manter o cuidado. De acordo com a Agência de Investigação Ambiental
(EIA), alguns países ainda emitem grandes quantidades de gases tóxicos na
camada atmosférica. O principal dele é a China, que teve, inclusive, 18 fábricas
poluentes clandestinas descobertas. A EIA disse que várias empresas chinesas
admitiram exportar CFCs, etiquetando-os falsamente como compostos de
hidrofluorcarbono (HFC). Desde a descoberta, o governo chinês prometeu fechar
os locais.
"Se essas emissões de
CFC-11 continuassem nesse nível, a recuperação do buraco na camada de ozônio na
Antártida seria adiada por sete a 20 anos", afirmou Paul Newman, um dos
autores do estudo da ONU e geocientista chefe no laboratório de pesquisas
espaciais Goddard Space Flight Center da NASA.
Segundo eles, qualquer
aumento nos produtos químicos pelo mundo que sejam capazes de reduzir a camada
de ozônio pode prejudicar todo um trabalho realizado nos últimos 30 anos.
"Embora as mudanças climáticas e a redução
da camada de ozônio sejam problemas distintos, existem algumas sobreposições
interessantes. Se as nações cumprirem o Protocolo de Montreal, o controle dos
HFCs reduzirá o aquecimento global em cerca de 0,5°C até 2100", afirma
Newman.
Vale dizer que a recuperação
da camada de ozônio pode trazer consequências que não são tão boas assim. De
acordo com os pesquisadores, as temperaturas podem subir na região da
Antártida, por exemplo, já que o ozônio tem o poder de reter calor. Isso
afetaria o clima em regiões que já sofrem com mudanças climáticas provocadas
pelo homem. (globo)
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