Combustão de combustíveis fósseis é o
principal contribuinte para o carbono negro em todo o Ártico.
Carbono
negro é uma forma impura de carbono produzida durante a combustão incompleta de
combustíveis fósseis, madeira ou de biomassa. Existe em aerossóis, sedimentos e
solos.
Estudo
feito nos Estados Unidos por pesquisadores da Universidade de Iowa aponta que a
inalação de nanopartículas de carbono negro, resultante da queima de
combustíveis fósseis e de biomassa, pode causar a morte de células do pulmão e
agravar infecções no órgão vital para a respiração.
Carbono
Negro – Uma equipe internacional conduziu o estudo em locais na Rússia, Canadá,
Suécia e Noruega, com pesquisadores da Universidade de Baylor contribuindo com
medições para o Alasca.
Combustão
de combustíveis fósseis é o principal contribuinte para o carbono negro
coletado em cinco locais ao redor do Ártico, o que tem implicações para o
aquecimento global, de acordo com um estudo de um grupo internacional de
cientistas que incluiu uma equipe da Baylor University.
O
estudo de cinco anos, para descobrir fontes de carbono negro, foi feito em
cinco locais remotos ao redor do Ártico e foi publicado na revista Science
Advances, uma publicação da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
A
equipe de Baylor usou radiocarbono para determinar as contribuições de queima
de fósseis e biomassa para o carbono negro em Barrow, no Alasca, enquanto seus
colaboradores usaram a mesma técnica para locais na Rússia, Canadá, Suécia e
Noruega.
A
pesquisa de Baylor foi liderada por Rebecca Sheesley, Ph.D., professora
associada de ciência ambiental na Faculdade de Artes e Ciências, e Tate
Barrett, Ph.D., ex-aluna de Sheesley e agora pesquisadora de pós-doutorado na
Universidade do Norte do Texas. Seu interesse pela pesquisa resultou de um
desejo de entender por que o Ártico está mudando e quais poluentes devem ser
controlados para mitigar essa mudança.
Refinaria
de petróleo onde são obtidos os derivados deste que é o combustível fóssil mais
usado atualmente.
“O
Ártico está aquecendo a uma taxa muito maior do que o resto do globo”, disse
Sheesley. “Essa mudança climática está sendo impulsionada por poluentes
atmosféricos, como gases de efeito estufa e partículas na atmosfera. Um dos
componentes mais importantes deste material particulado atmosférico é o carbono
preto, ou fuligem. O carbono negro absorve diretamente a luz do sol e aquece a
atmosfera. Em locais nevados, também pode se depositar na superfície, onde
aquece a superfície e aumenta a taxa de derretimento”.
Os
resultados mostraram que a combustão de combustíveis fósseis (carvão, gasolina
ou diesel) é responsável pela maior parte do carbono negro no Ártico (cerca de
60% ao ano), mas que a queima de biomassa (incluindo incêndios florestais e
madeira) se torna mais importante no verão.
O
local, em Barrow, no Alasca, que era o foco da equipe de Baylor, diferia de
outros locais, pois tinha maior contribuição de combustível fóssil para o
carbono negro e era mais impactado pelas fontes norte-americanas de carbono
negro do que o resto do Ártico.
Desde
2012, Sheesley vem expandindo este trabalho para investigar como as fontes de
combustão e não-combustão impactam diferentes tipos de partículas atmosféricas
em todo o Ártico do Alasca.
Medição
de Radiação Atmosférica em Barrow, Alasca, local de pesquisa da equipe Baylor
em estudo internacional de carbono negro dentro e ao redor do Ártico.
(ecodebate)
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