Uma onda de calor atinge a Europa com temperaturas que
chegam a 40°C.
Entre as
áreas mais afetadas estão a Espanha, a França e países da Europa central. A
massa de ar quente, procedente do Norte da África, provoca o calor. Apesar de
ser verão, essas temperaturas são incomuns nesta época.
A onda de
calor atingiu fortemente, em 26/06/19 a Alemanha, a Polônia e a República
Tcheca, que registraram temperaturas recordes para o mês de junho.
Devido a
uma tempestade sobre o Oceano Atlântico, a altas pressões sobre a Europa
central e o leste e à massa de ar quente norte-africana, esses países são os
mais afetados.
Coschen, em
Brandemburgo, chegou a 38,6°C. Radzyn, na Polônia, atingiu 38,2°C. E em
Doksany, na República Tcheca, os termômetros marcaram 38,9°C, recordes para o
mês de junho.
A França
também é atingida. São esperadas temperaturas em torno de 40°C em cidades como
Paris e Lyon – grandes aglomerados urbanos que são mais vulneráveis às
temperaturas elevadas.
O alerta
laranja foi lançado, e o perigo faz recordar a onda de calor que assolou o país
em 2003, levando à morte 15 mil pessoas.
As cidades
estão se preparando para enfrentar as elevadas temperaturas. Paris e Lyon
restringiram o trânsito, numa tentativa de reduzir os efeitos da poluição. Há
associações em Toulouse que oferecem água aos desabrigados. Algumas escolas
francesas suspenderam as aulas e exames importantes foram adiados.
Na Suíça,
nem os Alpes escaparam, com temperaturas superiores a 30°C.
No nordeste
da Espanha, as temperaturas atingiram 45°C em 28/06/19, o que levou as
autoridades locais a alertar para o “risco elevado” de incêndios florestais.
“Em
Portugal, a “influência marítima” de uma depressão atmosférica no Oceano
Atlântico fez com que o ar ficasse mais úmido e menos quente”, disse Ilda Novo,
do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. A chuva e as temperaturas amenas,
no entanto, serão substituídas pelo calor a partir do fim de semana, que chegará
ao interior com mais força – Beja, com 38°C, e Évora, com 37°C.
Crise climática
Embora
eventos extremos como esse possam ocorrer naturalmente, especialistas afirmam
que as ondas de calor ocorrerão mais frequentemente por causa da crise
climática, levantando preocupações sobre a estabilidade do clima.
Segundo
Stefan Rahmstorf, professor da Universidade de Potsdam, desde 1500 os cinco
verões mais quentes registrados na Europa ocorreram no século 21, em
consequência do aumento da temperatura média da Terra.
Rahmstorf
disse ainda que as ondas de calor são resultado do aumento das emissões de
gases de efeito estufa.
Previsão de temperaturas acima de 40°C em partes de Espanha e França,
em meio a amplas advertências na Europa. (ecodebate)
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