Ondas de calor e chuvas fortes podem durar mais com
mudança climática.
Austríacos se refrescam em piscina pública em Viena.
Os países do hemisfério norte podem esperar ondas de
calor mais longas no verão, além de mais dias consecutivos de chuvas fortes com
consequências prejudiciais, se as metas acertadas internacionalmente para
limitar o aquecimento global não forem cumpridas, alertaram cientistas em
19/08/19.
Um estudo publicado na revista Nature Climate Change
disse que dias mais quentes do que a média seriam mais próximos um do outro se
o mundo esquentasse 2ºC acima da época pré-industrial, prolongando a duração de
futuros períodos quentes.
As temperaturas globais já subiram cerca de 1ºC e
estão a caminho de um aumento de pelo menos 3ºC se os países reduzirem as
emissões que afetam a mudança do clima em linha com os planos que fizeram até
agora.
"Nosso estudo descobriu que se o mundo
esquentar 2ºC acima dos níveis pré-industriais, poderemos ver uma mudança
significativa nas condições do clima de verão a partir dos padrões que
conhecemos hoje", disse o principal autor do grupo de pesquisa Climate
Analytics e da Universidade Humboldt, Peter Pfleiderer.
"O clima extremo se tornaria mais persistente
--períodos quentes e secos, bem como dias consecutivos de chuvas fortes, tudo
ficaria mais longo."
Enquanto as ondas de calor e a seca se tornam mais
extensas, os danos que elas causam à saúde, aos ecossistemas, à agricultura e à
economia crescem "significativamente", disseram os cientistas, ao
mesmo tempo que vários dias de chuvas fortes aumentam o risco de grandes
inundações.
Em 2018, vários períodos de clima quente e seco,
cada um com duração de semanas, contribuíram para as perdas de 15% do trigo da
Alemanha, disseram.
E nos Estados Unidos, os últimos 12 meses foram os
mais chuvosos já registrados, com as regiões centrais experimentando semanas de
chuvas quase contínuas, inundando áreas de terras agrícolas.
Os pesquisadores descobriram que, se a temperatura
subir 2ºC, a chance de períodos de calor que durem mais de duas semanas aumenta
em 4% em comparação com a situação atual nas latitudes médias do norte, que
incluem grande parte da Europa, América do Norte e Ásia Central e do Norte.
(noticiasagricolas)
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