Schneider Electric defende
redução de 50% nas emissões globais de CO2 até 2040.
Meta seria alcançada através
da adoção de medidas digitais de eficiência energética em metade dos edifícios
existentes.
A Schneider Electric afirmou
em 02/10/19, que as emissões globais gás carbônico podem ser reduzidas em 50%
se medidas digitais de eficiência energética fossem adotadas em metade das
edificações existentes, em concomitância com as iniciativas globais de
eletrificação e descarbonização. A empresa fez um chamado durante a abertura do
seu Innovation Summit em Barcelona, na Espanha, para que todos trabalhem em
conjunto para tornar essa meta uma realidade para a melhora da eficiência de
negócios e da sustentabilidade do planeta e do desenvolvimento de todos.
Segundo a empresa,
edificações, datacenters, infraestrutura e indústria são responsáveis por 70%
da demanda de energia no mundo. “Nós estamos passando por uma mudança tectônica
atualmente em direção a eletrificação e a digitalização, permitindo um novo paradigma
em sustentabilidade”, afirmou Jean-Pascal Tricoire, CEO Schneider Electric.
Durante sua apresentação, o
executivo reforçou que temos 20 anos para alcançar a meta. Tricoire afirmou que
a eletrificação é importante para as metas de descarbonização, pois somente 20%
do consumo de energia vêm da eletricidade e a expectativa é chegar a 40%. Para
alcançar a meta de emissões, ele disse que a conversão do atual estoque de
edificações teria que ser de 2% ao ano. O executivo afirmou que reduzir as
emissões é uma decisão de negócios, com a diminuição de custos com energia
haverá mais ganhos para as empresas.
A Schneider está apostando na
transformação digital e energética que o mundo está passando. Para Tricoire,
essa transformação se dá de forma conjunta e terá efeitos positivos para os
objetivos de reduzir os impactos das mudanças climáticas. Uma iniciativa da
empresa foi anunciar que deixará de usar o gás SF6 para isolamento de
equipamentos elétricos e passará a usar métodos de isolamento a ar. Na área de
datacenters, a empresa se associou a startup Iceotope para resfriamento por
líquidos, o que pode aumentar a eficiência energética dos equipamentos.
A própria Schneider Electric
se colocou o desafio de ser emissão zero em 2050, sendo que, em 2030, a
expectativa é ser carbono neutro. Tricoire afirmou ainda que a empresa vai
trabalhar em toda a sua cadeia de fornecimento para seguir essas metas. A
empresa pretende ter 100% da energia consumida vindo de fontes renováveis em
2030, frente aos 40% alcançados no primeiro semestre deste ano.
Treze prédios da empresa já
são carbono neutro, adotando máxima eficiência energética e fornecimento de
energia por fontes renováveis. O resultado veio com a adoção de tecnologias
desenvolvidas pela própria Schneider a partir da EcoStruxure, plataforma de
arquitetura digital, e soluções de gestão digital de energia.
Emmanuel Babeau, diretor
Financeiro da Schneider Eletric, disse que a tendência é a empresa se tornar um
prossumidor, ou seja, produzindo energia no local de consumo ou contratando
energia renovável para atender a meta. A empresa ainda não tem um valor de
investimento fechado. ”Estamos trabalhando para atingir as metas de carbono
neutro. Temos que ter todos os prédios inteligentes, nossas plantas dentro do
conceito de indústria 4.0. Como produzimos parte da tecnologia necessária,
provavelmente, teremos um custo menor”, disse o executivo em entrevista
coletiva.
Outra preocupação da
Schneider é o acesso a energia elétrica em todo mundo. Por isso, a empresa
lançou seu terceiro fundo de investimento, em parceria com Nordfund, EDFI
Eletrific e Amundi, para dar eletrificação na Ásia, focado no Sul e Sudeste do
continente. O fundo terá 20,9 milhões de euros a disposição de start ups, que
desenvolvam formas de levar energia a 350 milhões de pessoas na região que não
tem eletricidade atualmente. Os outros dois fundos são Energy Acess Fund e
Energy Acess Ventures Fund. (canalenergia)
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