quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Florestas amazônicas com maior diversidade evolutiva são as mais produtivas

Uma equipe internacional de pesquisadores liderada pela Universidade de Leeds revelou pela primeira vez que as florestas amazônicas com maior diversidade evolutiva são as mais produtivas.
A equipe usou registros de longo prazo de 90 parcelas como parte da Rede de Inventário Florestal da Amazônia (RAINFOR) e ForestPlots.net para rastrear a vida e a produtividade de árvores individuais na região amazônica. Ao combinar esses registros com os dados da sequência de DNA – que identificaram as relações evolutivas entre todas as espécies – a equipe conseguiu investigar as ligações entre a rapidez com que as diferentes florestas crescem e sua diversidade.
Seu estudo demonstrou que as parcelas com a maior diversidade evolutiva eram um terço mais produtivas em comparação com as áreas com a menor diversidade evolutiva.
A descoberta sugere que a diversidade evolutiva deve ser uma consideração importante ao identificar áreas prioritárias para conservação.
A autora principal do estudo, Fernanda Coelho, da Escola de Geografia de Leeds, disse: “É importante entender como a biodiversidade afeta a produtividade nas florestas tropicais é importante porque nos permite entender como as estratégias de conservação podem ser melhor projetadas para maximizar a proteção de espécies e os serviços que esses ecossistemas fornecem.
“Nossos resultados indicam que devemos incluir a história evolutiva nas prioridades de conservação – porque a função do ecossistema pode ser maior em áreas de onde as espécies vêm da árvore da vida”.
Igapó nos arquipélago fluvial das Anavilhanas, no Rio Negro.
Diversidade de árvores é 3 vezes maior do que se pensava nas áreas úmidas da Amazônia. (ecodebate)

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