Os incríveis avanços da
tecnologia nas últimas décadas trouxeram grandes avanços à nossa comodidade,
segurança e saúde, mas também trouxeram severos impactos socioambientais, da
extração de recursos naturais à geração de lixo eletrônico ou e-lixo. E o lixo
eletrônico é um dos resíduos tóxicos que mais crescem de ano para ano.
Em 2017, a ONU estima que
foram produzidos 44 milhões de toneladas de lixo eletrônico e elétrico , o
equivalente a mais de 6 quilos por habitante do planeta. No ritmo atual, o
nível de produção de lixo eletrônico global deverá alcançar 120 milhões de
toneladas ao ano em 2050.
É um silencioso desastre
socioambiental, que poucos percebem, mas que afeta a todos.
Como qualquer outro resíduo,
ao lixo eletrônico também se aplica as regras dos 3 R’s – Reduzir, Reutilizar e
Reciclar.
É óbvio que para qualquer
tipo de resíduo a sua redução é a solução mais inteligente. Mas será possível
reduzir a geração de lixo eletrônico?
A primeira solução possível é
a redução da produção e consumo. Não temos à nossa disposição uma Terra B e,
por isto, habitando um planeta finito, com finitos recursos, devemos entender
que a lógica de crescimento baseada em extração-produção-consumo-descarte é
insustentável e não poderá ser mantida por muito tempo.
Mas será realmente possível
reduzir o consumo de produtos eletrônicos que, afinal, fazem parte do nosso dia
a dia e são, cada vez mais, úteis e necessários.
No caso dos produtos
eletrônicos de uso pessoal e residencial a resposta é sim, a partir da lógica
do consumo responsável. Ao contrário do impulso consumista, o consumo
responsável supõe que nosso consumo ocorra apenas e tão somente se e quando
necessário.
É o caso dos aparelhos celulares que, de
verdade, não possuem diferenças tecnológicas tão evidentes de uma geração para
outra. Raríssimas pessoas precisam trocar de celular a cada nova geração do
produto e a troca pela troca é um claro exemplo de consumismo, com
consequências negativas para os limitados recursos naturais e para a própria
sociedade. É desnecessário e caro.
Enquanto isto, a reutilização
de eletrônicos é um mercado crescente que também pode influir na redução
desnecessária de produtos novos.
A primeira e natural forma de
reuso está na atualização dos nossos próprios equipamentos, como computadores e
celulares, dos quais podemos trocar fontes, processadores, placas, baterias e,
com isto, utilizá-los por mais, melhor e por mais tempo.
Se não for este o caso,
podemos revendê-los. Computadores, celulares, eletrodomésticos, eletrônica
embarcada em veículos, etc., podem ser úteis e necessários para outras pessoas.
Já existe um mercado legal de
compra e venda de eletrônicos usados e tudo indica que este mercado continuará
em crescimento, atendendo a uma demanda igualmente crescente.
A terceira hipótese de
reutilização ocorre por remanufatura, quando o equipamento passa por
reprocessamento, transformando-se em um novo equipamento.
Vejamos um exemplo. Nos
cassinos podem existir centenas de máquinas de jogos, os caça- níquéis, que
ficam obsoletos ou inutilizados em poucos meses. Isto geraria uma montanha
anual de lixo eletrônico, que, na prática, é reduzida porque estas máquinas são
desmontadas e seus componentes eletrônicos são recuperados e reutilizados em um
novo equipamento. Com isto o cassino consegue reduzir custos ao mesmo tempo que
também reduz a produção de resíduos.
E, por fim, temos a
reciclagem, que é um dos mais sérios desafios na destinação do lixo eletrônico.
Estima-se que, em termos globais, 20% dos resíduos eletrônicos sejam
reciclados, o que significa um imenso desperdício de recursos naturais, tais
como ouro, prata, cobre e outros materiais de alto valor e uma inacreditável fonte
de resíduos tóxicos.
Refletir sobre o tema está
cada vez mais urgente porque, diante de tantos desafios ambientais globais, o
e-lixo tende a se tornar um dos mais relevantes e com grande potencial de
danos.
Para ilustrar o tema ‘lixo
eletrônico e qual é o tamanho do problema’, a Betway Cassino Online, site de
caça níquel, produziu um interessante infográfico, que reproduzimos abaixo:
(ecodebate)
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