Emergência climática. 11 mil
cientistas alertam para “sofrimento incalculável”.
Numa carta aberta, publicada
na revista “BioScience”, os especialistas afirmam que “as alterações climáticas
estão a evoluir mais depressa do que muitos cientistas esperavam”.
Onze mil cientistas de 153
países juntaram-se para declarar emergência climática no planeta Terra e para
alertar para o “sofrimento humano incalculável” que nos espera se as pessoas
não mudarem o seu estilo de vida.
Ativistas pelo clima
continuam a fazer-se ouvir em todo o mundo.
Na carta, publicada esta terça-feira na revista “BioScience”, os
cientistas afirmam que “as alterações climáticas já chegaram e estão a evoluir
mais depressa do que muitos cientistas esperavam”.
“A crise climática é mais
grave do que se antecipava e ameaça ecossistemas naturais e o futuro da
humanidade. Para assegurar um futuro sustentável, temos de mudar a forma como
vivemos e isso envolve grandes mudanças na forma como a sociedade global
funciona e interage com os ecossistemas naturais”, lê-se na missiva.
A carta tem por base os dados
científicos que foram estabelecidos pela primeira vez na Conferência Mundial do
Clima em Genebra, 1979.
“Não obstante 40 anos de
negociações globais ao mais alto nível, continuamos a viver como se nada fosse
e não estamos a resolver esta crise”, diz William Ripple, professor de ecologia
na Universidade de Oregon, que encabeça a carta.
Os especialistas dizem ter a
obrigação moral de “avisar a humanidade para a ameaça catastrófica” que as
alterações climáticas representam e “dizer as verdades”, afirmando “clara e
inequivocamente que o planeta Terra está a enfrentar uma emergência climática”.
Na missiva, os cientistas
lamentam ainda que as emissões de dióxido de carbono continuem a aumentar em
todo o mundo e avisam que serão necessárias mudanças radicais nos estilos de
vida para poder contrariar esta tendência. (envolverde)
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