Segundo
dados do INPE, o desmatamento na Amazônia cresce 85% em 2019.
Segundo dados do INPE, área
desmatada chegou a 9.165,6 quilômetros quadrados no ano passado. Esse foi a
maior devastação no bioma registrada nos últimos cinco anos.
O desmatamento na Amazônia
cresceu 85,3% no ano passado em comparação com 2018, de acordo com dados
divulgados em 14/01/20 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo o Sistema de Detecção
do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), no ano passado,
9.165,6 Km2 de floresta foram devastados. Em 2018, foram registrados
alertas de desmate numa área de 4.219,3 Km2.
A tendência de alta no desmatamento
em 2019 apontada pelo Deter, que faz levantamento rápido de alertas de
evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, foi confirmada pela
medição oficial, o Prodes, divulgada em novembro.
Esse foi o maior desmatamento
na região registrado nos últimos cinco anos. Os meses que tiveram as maiores
taxas de devastação do bioma foram maio, julho, agosto, setembro e novembro.
Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia foram os estados mais impactados.
O desmatamento é um dos
principais fatores que impulsionou os incêndios na Amazônia, que causaram
comoção em todo o mundo no ano passado. Houve um aumento de 30% nas queimadas
no bioma, passando dos 68.345 focos registrados em 2018 para 89.178 em 2019.
Após a repercussão
internacional do aumento do desmatamento verificada a partir de julho, o
presidente Jair Bolsonaro acusou, sem provas, o INPE de mentir sobre os dados e
exonerou o então diretor do instituto, Ricardo Galvão, que havia rebatido as
críticas do presidente. Por sua oposição ao governo e defesa da ciência, o
pesquisador acabou eleito pela revista especializada Nature um dos dez
cientistas que se destacaram em 2019.
O Brasil abriga 60% da
Floresta Amazônica, que é um regulador chave para os sistemas vivos do planeta
e também para o índice de chuvas no país. Suas árvores absorvem cerca de 2
bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano e liberam 20% do oxigênio do
planeta.
Depois de ter sido
considerado uma história de sucesso ambiental, o Brasil vem perdendo esse
espaço, principalmente desde a eleição de Bolsonaro, que já declarou várias
vezes a intenção de explorar a floresta e negou a existência das mudanças
climáticas. Devido ao discurso do presidente e à agenda ambiental do governo,
especialistas temem que o desmatamento atinja níveis alarmantes nos próximos
anos. (ecodebate)
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