Queimadas no pantanal
aumentaram 240% no acumulado deste ano comparado a 2019.
Incêndios no Pantanal registram o
pior mês de julho da história.
Os focos de queimadas no Pantanal
aumentaram 240%, entre 1º de janeiro e 13 de agosto, comparados ao mesmo
período do ano passado. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), apenas nos 13 primeiros dias deste mês foram contabilizados
mais focos de calor de que em todo o mês de agosto de 2019: 2.578 contra 1.684.
Um alta de 53%, informou o G1.
A proliferação de queimadas no
Pantanal está muito acima da média histórica. Julho foi o pior mês de queimadas
no bioma em uma década. O INPE identificou 1.684 focos de calor na região,
quase sete vezes mais do que a média registrada nos meses de julho de 2009 a
2019 (244).
A devastação notificada em julho
é o triplo da registrada em 2017 — que, até agora, era o mês de julho mais
ardente da década, com 449 notificações de fogo. E o avanço é ainda mais
avassalador se comparado à taxa vista em 2019. Neste caso, em apenas um ano, as
queimadas cresceram 382%.
As queimadas no Pantanal estão levando ao êxodo de populações ribeirinhas, acometidas de problemas de saúde e de dificuldade de obter seu sustento. Levantamento do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), realizado em oito comunidades ribeirinhas na margem de cidades do Mato Grosso do Sul assoladas por incêndios, mostra que as pessoas que deixam suas casas, em geral, recorrem a parentes que moram na região urbana. Na área vivem cerca de 1.110 pessoas, distribuídas em cerca de 240 famílias.
SOS Pantanal.
Focos de incêndio bateram recorde
nos primeiros 7 meses de 2020 no Pantanal.
Segundo o G1, a comparação entre
os números absolutos de queimadas entre biomas mostra que a Amazônia tem o
maior número de focos. No entanto, a floresta amazônica no Brasil representa
uma área mais de 30 vezes maior do que a do Pantanal. Já o número de focos não
acompanha a extensão: é apenas quatro vezes mais alto.
Pesquisadores relacionam as
queimadas do Pantanal ao desflorestamento da Amazônia. É da floresta que vem a
maior parte da umidade que alimenta o Pantanal, explicam. Segundo o G1, as
áreas de desmatamento aumentaram 34,5% em um ano, de agosto de 2019 a julho de
2020.
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