Área com alerta de
desmatamento na Amazônia já é a maior da série histórica para março/2021.
Dados do sistema DETER, do
Instituto de Pesquisas Espaciais/INPE, divulgados hoje, revelam que a área com
alertas de desmatamento para março/2021 na Amazônia é a maior da série
histórica. Ao menos 36 mil hectares de floresta foram perdidos.
Apesar de uma cobertura de
nuvens superior, houve um aumento de 12,5% em relação a março de 2020.
“O que já é ruim pode piorar,
com Ricardo Salles trabalhando contra o meio ambiente e o Congresso Nacional
trabalhando para legalizar grilagem, flexibilizar o licenciamento ambiental e
abrir terras indígenas para mineração, o desmatamento tende a continuar em
alta”, comenta Cristiane Mazzetti, Gestora Ambiental do Greenpeace.
Mais de 36 mil hectares de
floresta foram desmatados em março de 2021.
É difícil imaginar uma
solução para a Amazônia proposta por um governo responsável por um aumento
histórico do desmatamento (trazendo à cena taxas anuais não observadas desde
2008, com 9% de aumento em 2020 comparado ao ano de 2019), e de um governo que
represa (à exemplo do Fundo Amazônia) e corta recursos para a proteção do meio
ambiente (conforme, Projeto de Lei Orçamentária Anual/PLOA 2021.
Com impunidade forte no campo e na floresta,
grandes polígonos de desmatamento têm sido cada vez mais observados nas imagens
de satélite, com áreas de mil, 3 mil e até 5 mil hectares. Não será um rascunho
desconexo de plano (Plano Operativo 2020-2023) para o controle do desmatamento,
ou um acordo a portas fechadas com os Estados Unidos que reverterá toda a
avalanche de destruição na Amazônia.
“Voltamos à era dos grandes
desmatamentos e em meio a medidas que promovem o desmatamento na Amazônia e
premiam os criminosos, o Deter de março é mais um motivo para que o governo
Biden não assine um “cheque em branco” com o governo de Bolsonaro”, completa
Cristiane. (ecodebate)
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