terça-feira, 29 de junho de 2021

Itaipu turbina mais água e garante navegabilidade da safra paraguaia

Itaipu vai turbinar mais água para garantir navegabilidade da safra paraguaia.

Mais de 125 mil toneladas de soja e derivados estão paradas há 50 dias. Medida deve durar 11 dias e não haverá desperdício, já que a água liberada será usada para gerar energia e não escoada pelo vertedouro.
A usina de Itaipu iniciou em 21/05/21 uma operação de 11 dias para garantir a navegabilidade do Rio Paraná a jusante da barragem (abaixo) e o escoamento da safra paraguaia de grãos, por meio de hidrovia. O Rio Paraná enfrenta uma das piores estiagens da história.

A medida, que atende ao pedido feito pelo governo do Paraguai, foi negociada pelas chancelarias do país vizinho e do Brasil. O transporte fluvial é responsável por aproximadamente 80% do comércio exterior do Paraguai.

A operação está sendo coordenada pela Itaipu, Operador Nacional do Sistema/ONS e Administración Nacional de Electricidad (Ande, estatal paraguaia). A vazão do Rio Paraná será regulada a montante (acima) da barragem e também com a contribuição do Rio Iguaçu, abaixo das Cataratas do Iguaçu. Portanto, não haverá desperdício de matéria-prima, já que a água liberada será turbinada e não escoada pelo vertedouro.

A estatal informou que não haverá desperdício de matéria-prima, já que a água liberada será usada para gerar energia e não escoada pelo vertedouro, mas a ação deve rebaixar o nível do lago. A liberação progressiva de água permitirá a elevação do nível do rio em quantidade suficiente para que os comboios de barcaças paraguaias, carregadas de grãos, possam atravessar a eclusa da usina binacional Yacyretá, a 480 km de distância.

São mais de 125 mil toneladas de soja e derivados paradas há 50 dias. “A janela (período de tempo) de água permitirá contar com a altura de um metro no hidrômetro de Ituzaingó (município argentino abaixo de Yacyretá), durante os dias 27 e 28 deste mês, suficiente para que os comboios carregados possam atravessar de maneira segura os pontos críticos identificados no Rio Paraná”, informou por meio de nota a chancelaria paraguaia. (canalenergia)

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