Mudanças climáticas tornam as pragas ainda mais destrutivas nas safras agrícolas.
A mudança climática está tornando as pragas que devastam importantes safras agrícolas ainda mais destrutivas, aumentando as ameaças à segurança alimentar global e ao meio ambiente.
Mudança
climática influencia na perda da produção agrícola para pragas, conclui estudo
apoiado pela FAO.
ONU
Brasil
• A mudança climática está tornando as
pragas que devastam importantes safras agrícolas ainda mais destrutivas,
aumentando as ameaças à segurança alimentar global e ao meio ambiente, divulgou
um estudo apoiado pela ONU publicado em 09/06/21.
• O relatório, que está entre as
principais iniciativas do Ano Internacional da Sanidade Vegetal, que termina
neste mês, foi preparado pela professora Maria Lodovica da Universidade de
Turim, na Itália, junto com 10 coautores de todo o mundo, sob o apoio do
secretariado da Convenção Internacional de Proteção de Plantas, que a FAO
hospeda.
• Cerca de 40% da produção agrícola global é atualmente perdida para as pragas. As doenças das plantas roubam a economia global em mais de US$ 220 bilhões anualmente.
• As pragas invasoras custam aos países pelo menos US$ 70 bilhões e também é um dos principais responsáveis pela perda de biodiversidade.
Uma safra de milho é atacada pela lagarta-do-cartucho em Goromonzi, no Zimbábue.
Um
estudo apoiado pelas Nações Unidas e publicado em 09/06/21 aponta para a
influência da mudança climática nos prejuízos à produção agrícola. O relatório
científico analisa 15 pragas de plantas que se espalharam ou podem se espalhar
devido às alterações de temperatura. Os autores concluíram que a chegada de um
inverno excepcionalmente quente, capaz de fornecer condições adequadas para uma
infestação de insetos, representa um risco dramático.
O
estudo foi preparado pela professora Maria Lodovica da Universidade de Turim,
na Itália, junto com 10 coautores de todo o mundo, sob o apoio do secretariado
da Convenção Internacional de Proteção de Plantas, que a FAO hospeda.
“As
principais conclusões desta avaliação devem alertar a todos nós sobre como as
mudanças climáticas podem afetar o quão infecciosas, distribuídas e severas as
pragas podem se tornar ao redor do mundo”, disse o diretor-geral da Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, no
lançamento.
“A
avaliação mostra claramente que o impacto das mudanças climáticas é um dos
maiores desafios que a comunidade fitossanitária está enfrentando”,
acrescentou.
Bilhões
perdidos anualmente – Cerca de 40% da produção agrícola global é atualmente
perdida para as pragas, revelou a FAO. As doenças das plantas roubam a economia
global em mais de US$ 220 bilhões anualmente. As pragas invasoras custam aos
países pelo menos US$ 70 bilhões e também são um dos principais responsáveis
pela perda de biodiversidade.
Espécies
como a lagarta-do-cartucho, que se alimenta de plantações que incluem milho,
sorgo e milheto, já se espalharam devido ao clima mais quente. Outros, como os
gafanhotos do deserto, que são as pragas migratórias mais destrutivas do mundo,
devem mudar suas rotas migratórias e distribuição geográfica.
Movimentos
como esses ameaçam a segurança alimentar como um todo, concluiu o relatório.
Também penalizam os pequenos agricultores, assim como pessoas em países onde a
segurança alimentar é um problema.
Preservando
a saúde das plantas – O relatório está entre as principais iniciativas do Ano
Internacional da Sanidade Vegetal, que termina neste mês. Nele, os autores
delinearam várias recomendações para diminuir o impacto das mudanças
climáticas, começando com a intensificação da cooperação internacional, uma vez
que o manejo eficaz de pragas de plantas em um país afeta o sucesso em outros.
Eles também enfatizaram a necessidade de mais pesquisas e mais investimentos no
fortalecimento dos sistemas e estruturas nacionais relacionados à
fitossanidade.
“Preservar a fitossanidade é fundamental para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e parte do nosso trabalho em direção a sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis”, disse Qu, diretor-geral da FAO. Como metade de todas as doenças emergentes de plantas se espalham por meio de viagens e comércio, medidas aprimoradas para limitar a transmissão, como ajustes nas políticas de proteção de plantas, também são essenciais.
Como o aquecimento global e as mudanças climáticas, cada vez mais vai espalhar uma 'praga bíblica'. (ecodebate)
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