Exóticos casos de uma coleção garrafas plásticas largadas à beira mar.
Por um tempo juntei rótulos de águas envasadas com o objetivo de estudar e desenvolver simples estudos discussões hidrogeoquímicas.
Alguns desses exercícios
foram registrados (1,2) e, apesar de suas simplificações e limitações, merecem
ser revisados.
Esse arquivo de rótulos teve
importante contribuição do amigo Valdocir. Nas suas rotineiras atividades
físicas na praia de Ponta Negra, ele costuma, sempre, amostrar e colocar no
lixo, garrafas plásticas de “águas minerais” largadas à beira mar. Nessa
simples e salutar prática, o amigo retirava rótulos de garrafas e montava um
acervo que me repassava.
Na coletânea da Praia de Ponta Negra, a grande maioria dos rótulos era, evidentemente, originados da nossa região, mas, eventualmente, eram obtidos casos de estados brasileiros distantes de Natal e de outros países. A coleção, dessa forma foi enriquecida, com amostras, por exemplo, de Portugal, Espanha, Emirados Árabes, Argentina, China, Malásia e Namíbia.
Um relatório da WWF (World Wide Fund for Nature), em 2022, comenta que o plástico se infiltrou em todas as partes do oceano e que 88% das espécies marinhas são afetadas pela significativa contaminação de plástico no oceano. O relatório, que foi escrito em colaboração com o Instituto Alfred Wegener da Alemanha, compila dados de 2.590 estudos científicos sobre o tema.
Uma explicação para esses rótulos exóticos, obtidos em Ponta Negra, seria que visitantes / turistas, no seu primeiro dia em Natal, ainda utilizavam garrafas do seu local de origem e após beber as deixam, alguns deles, na praia. Outra dedução seria que as garrafas “estrangeiras” foram jogadas no mar por navios que navegam por mares potiguares.
Independente da origem, as garrafas são exemplos de que errôneas práticas ambientais não têm fronteiras, e que devem ser combatidas de uma maneira ampla, geral e irrestrita. (ecodebate)
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