domingo, 19 de novembro de 2023

2023 está a caminho de se tornar o mais quente já registrado

Ano de 2023 está a caminho de se tornar o mais quente já registrado, diz EU.
2023 está a caminho de se tornar o mais quente já registrado, com a temperatura média global até o momento 0,52ºC acima da média normal, informou o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia em 05/10/23.

Os cientistas afirmaram que as mudanças climáticas, combinadas aos efeitos do fenômeno El Niño, que aquece as águas superficiais no leste e centro do oceano Pacífico, têm fomentado as recentes temperaturas recordes.

"As temperaturas sem precedentes para a época do ano observadas em setembro -- após um verão recorde -- quebraram recordes em uma quantidade extraordinária. Esse mês extremo levou 2023 à duvidosa honra do primeiro lugar -- a caminho de ser o ano mais quente e cerca de 1,4ºC acima das temperaturas médias pré-industriais", disse Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, em um comunicado.

A temperatura global de janeiro a setembro também é 1,4ºC mais alta do que a média pré-industrial (dos anos 1850 a 1900), acrescentou o instituto, conforme as mudanças climáticas levam as temperaturas globais a novos recordes e os fenômenos climáticos de curto prazo também impulsionam os movimentos de temperatura.

Setembro foi o mês mais quente já registrado globalmente, 0,93°C acima da temperatura média do mesmo mês entre 1991 e 2020, e a temperatura global mensal foi o mês quente mais atípico de todos os anos no conjunto de dados ERA5, que remonta a 1940.

"A dois meses da COP28, o senso de urgência para uma ação climática ambiciosa nunca foi tão crítico", disse Burgess, referindo-se à Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática.

O ano passado não foi um recorde, embora o mundo tenha ficado 1,2ºC mais quente do que na era pré-industrial. O recorde anterior pertencia a 2016 e 2020, quando as temperaturas foram em média 1,25°C mais altas.

"O que é especialmente preocupante é que o evento de aquecimento El Niño ainda está em desenvolvimento e, portanto, podemos esperar que essas temperaturas recordes continuem por meses, com impactos em cascata em nosso meio ambiente e na sociedade", disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, referindo-se ao fenômeno climático que impulsiona o calor extremo.

2023 pode ser o ano mais quente da história.

A análise do órgão é baseada em bilhões de medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas. (noticiasagricolas)

Nenhum comentário:

Grandes empresas fósseis contribuíram em dezenas de ondas de calor

180 grandes empresas fósseis contribuíram para dezenas de ondas de calor globais. Grandes petrolíferas intensificaram 213 ondas de calor m...