Estudo do MapBiomas
Amazônia aponta que as Geleiras dos Andes tropicais encolheram 42% entre 1990 e
2020, passando de um máximo de 2.429,38 km2 para apenas 1.409,11 km2.
Esse crescimento sem precedentes da perda de geleiras, tanto em extensão quanto
em volume, pode ser atribuído às mudanças climáticas e a fatores não climáticos
como o aumento das queimadas florestais nos últimos anos na Amazônia, que geram
carbono negro que pode acelerar o recuo das geleiras.
Esta perda de gelo é uma grande ameaça porque os Andes fornecem água para a Bacia Amazônica por meio de rios e riachos que fluem da montanha para a floresta. À medida que o gelo derrete, esses rios e riachos estão se tornando mais irregulares, com períodos de seca mais longos e inundações mais frequentes.
Essas mudanças estão tendo um impacto negativo no ecossistema da Bacia Amazônica. As secas estão causando a morte de árvores e plantas, enquanto as inundações estão destruindo habitats e levando à erosão do solo.
Os cientistas estimam
que a perda de gelo nos Andes poderia reduzir o fluxo de água para a Bacia
Amazônica em até 20%. Isso teria um impacto devastador na floresta, que é
essencial para o clima global.
A Bacia Amazônica é
um importante sumidouro de carbono, absorvendo grandes quantidades de dióxido
de carbono da atmosfera. A perda de gelo nos Andes poderia levar a um aumento
nas emissões de gases de efeito estufa, o que agravaria as mudanças climáticas.
O governo brasileiro, que é responsável pela maior parte da Bacia Amazônica, está tomando algumas medidas para mitigar os impactos da perda de gelo nos Andes. O governo está investindo em projetos de reflorestamento e conservação para ajudar a proteger a floresta.
No entanto, mais ação é necessária para proteger a Bacia Amazônica. Os governos de outros países da América do Sul, que também são afetados pela perda de gelo nos Andes, precisam se unir para encontrar soluções para esse problema global. (ecodebate)
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