Um novo estudo publicado na
revista Proceedings of the National Academy of Sciences descobriu que o
desmatamento na Amazônia causa aquecimento em até 100 km de distância.
A pesquisa, realizada por uma
equipe de cientistas britânicos e brasileiros, liderada pelo Dr. Edward Butt,
da Universidade de Leeds, sugere que as florestas tropicais desempenham um
papel crítico no resfriamento da superfície terrestre – e esse efeito pode se
desenrolar em distâncias consideráveis.
Os cientistas combinaram
dados de satélite de temperatura da superfície terrestre e perda de florestas
na Amazônia no período de 2001 a 2020. Eles analisaram os dados em 3,7 milhões
de locais em toda a bacia amazônica.
Os pesquisadores descobriram que, nas áreas onde havia pouco desmatamento local e regionalmente, a mudança média na temperatura da terra no período de 2001 a 2021 foi de 0,3°C. Locais com 40% a 50% de desmatamento local, mas pouco desmatamento regional, aquecidos em média de 1,3°C.
Em comparação, em áreas com desmatamento local e regional, o aumento médio da temperatura foi de 4,4°C.
“O aquecimento regional
devido ao desmatamento da Amazônia terá consequências negativas para os 30
milhões de pessoas que vivem dentro da bacia amazônica, muitas das quais já
estão expostas a níveis perigosos de calor”, escreveram os pesquisadores.
Os cientistas também
analisaram como o desmatamento futuro pode aquecer ainda mais a Amazônia
brasileira ao longo dos 30 anos a partir de 2020. Eles analisaram dois
cenários, um em que o Código Florestal é ignorado e as áreas protegidas não são
protegidas. O segundo, onde há alguma proteção no lugar.
No sul da Amazônia, onde a perda florestal é maior, a redução do desmatamento teria o maior benefício de reduzir o aquecimento futuro em mais de 0,5°C no estado de Mato Grosso.
Desmatamento na Amazônia eleva em até 4°C calor na região.
O estudo destaca a importância de proteger a Amazônia da destruição. O desmatamento na floresta tropical é uma das principais causas das mudanças climáticas, e seus efeitos são sentidos em todo o mundo. (ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário