Ao focar na negação,
a ênfase está em convencer as pessoas de um determinado ponto de vista, em vez
de encontrar um terreno comum e trabalhar em busca de soluções.
Além disso, enquadrar
a conversa em termos de negação pode criar uma resposta defensiva naqueles que
não acreditam na urgência ou gravidade das mudanças climáticas. As pessoas
podem se sentir atacadas e se tornarem mais arraigadas em seus pontos de vista,
tornando ainda mais difícil encontrar um terreno comum e buscar soluções.
Em vez disso, pode ser mais produtivo focar nos impactos potenciais das mudanças climáticas e nas ações que podem ser tomadas para mitigar esses impactos. Isso pode ajudar a mudar a conversa de um foco em crenças e opiniões para um foco em ações e soluções. Ao se concentrar em soluções, pessoas de diferentes perspectivas podem trabalhar juntas em direção a um objetivo comum, em vez de se atolar em argumentos sobre a validade da ciência por trás da mudança climática.
Uma excelente análise de que focar na “negação da mudança climática” pode ser contraproducente pode ser avaliada no artigo ‘Why focusing on “climate change denial” is counterproductive‘, dos pesquisadores Christian Bretter e Felix Schulz.
Segundo os autores, o
foco no negacionismo cria uma imagem imprecisa ao exagerar a parcela e a
importância dos negadores da mudança climática para lidar com a mudança
climática. E, além disso, o foco no negacionismo climático divide e polariza a
sociedade, impedindo ainda mais o envolvimento construtivo com opiniões
diferentes.
Recomendamos a leitura do artigo, que será útil, inclusive, para que a mídia em geral compreenda que os negacionista não tem o ‘peso’, o alcance e a relevância que se supõe.
(ecodebate)
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