De cada cem árvores
derrubadas, outras 25, ou seja, ¼ delas ou 25% do total, morrem por falta da
água desses corredores de umidade que levam chuva para outras regiões, aponta
pesquisa.
Desmatamento na Amazônia está
associado à redução das chuvas na região, especialmente durante a estação seca.
A perda de floresta afeta o ciclo hidrológico, diminuindo a evapotranspiração
e, consequentemente, a quantidade de chuva. Isso ocorre porque a floresta
desempenha um papel crucial na regulação do clima, tanto local quanto regional,
através da liberação de água na atmosfera.
Impacto do desmatamento nas
chuvas:
Redução da evapotranspiração:
A floresta amazônica libera
grandes quantidades de água na atmosfera através da evapotranspiração, um
processo que inclui a transpiração das plantas e a evaporação da água do solo.
O desmatamento reduz essa liberação de água, impactando diretamente a formação
de chuvas.
Alteração do regime de
chuvas:
Um estudo recente mostra que, em áreas desmatadas, a quantidade de chuva pode aumentar durante a estação chuvosa, mas diminuir significativamente na estação seca, quando a floresta mais precisa de água, segundo o jornal O Globo.
A mineração ilegal causa desmatamento e poluição de rios na floresta amazônica perto da Terra Indígena Menkragnoti. - Pará, Brasil.
Desmatamento na Amazônia
provoca redução de chuvas na maioria da América do Sul.
Há anos sendo estudado por
cientistas, o impacto do desmatamento da Amazônia foi confirmado como
provocativo de redução das chuvas em áreas da América do Sul. Em fevereiro,
novo recorde de desmate foi registrado.
Impacto em outras regiões:
O desmatamento na Amazônia
também pode afetar o regime de chuvas em outras regiões do Brasil, pois a
floresta atua como um importante sistema de transporte de umidade para o
interior do continente, de acordo com o Brasil Escola.
Consequências do
desmatamento:
Secas mais intensas:
A redução das chuvas na
estação seca pode levar a secas mais severas e prolongadas, com impactos
negativos na agricultura, no abastecimento de água e na biodiversidade.
Aumento de eventos climáticos
extremos:
O desmatamento pode aumentar
a frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como inundações e
secas, afetando comunidades e ecossistemas.
Perda de serviços ambientais:
A floresta amazônica
desempenha um papel fundamental na regulação do clima, na conservação da
biodiversidade e na manutenção do ciclo da água. O desmatamento causa a perda
desses serviços ambientais, com consequências socioeconômicas e ambientais
significativas.
O desmatamento da Amazônia perturba o regime climático da região, fazendo aumentar a quantidade de chuva durante os meses da estação úmida, mas reduz a precipitação durante a estação seca, quando a floresta mais precisa de água, mostra um novo estudo.
Vista aérea de drones de incêndios na floresta amazônica, desmatamento ilegal para criar terras para agricultura e pastagem de gado no Pará, Brasil. Conceito de ecologia, meio ambiente.
O desmatamento na Amazônia
não está apenas alterando paisagens locais, mas também reduzindo significativamente
as chuvas na região, segundo uma nova pesquisa publicada na revista Earth’s
Future.
O estudo revela que áreas
extensivamente desmatadas experimentaram uma queda de até 30% na precipitação
anual nas últimas duas décadas, com impactos potencialmente graves para
ecossistemas e comunidades que dependem desses recursos hídricos.
Conexão entre floresta e
chuva
A
Amazônia desempenha um papel crucial na regulação do clima, liberando umidade
na atmosfera por meio da evapotranspiração — processo em que as árvores liberam
vapor d’água. Essa umidade é transportada por correntes de ar, formando “rios
voadores” que alimentam chuvas em outras partes do Brasil e da América do Sul.
Com a perda de vegetação, esse ciclo está sendo interrompido.
Usando dados de satélite e modelos climáticos, os pesquisadores compararam áreas preservadas com regiões desmatadas e constataram que, quanto maior a destruição da floresta, maior a redução nas chuvas. Em algumas áreas convertidas para agricultura ou pastagem, a diminuição chegou a 0,6 mm por dia durante a estação seca.
Impactos em cadeia
A redução das chuvas pode
acelerar ainda mais o declínio da floresta, criando um ciclo vicioso. Menos
umidade significa maior risco de incêndios florestais e estresse para a
vegetação remanescente, tornando-a mais vulnerável a secas prolongadas.
Além disso, a agricultura e o
abastecimento de água para cidades podem ser afetados, com reflexos econômicos
e sociais.
“Se o desmatamento continuar
nesse ritmo, partes da Amazônia podem atingir um ponto de não retorno,
transformando-se em savana”, alerta um dos autores do estudo.
Chamado para ação
Os pesquisadores enfatizam a urgência de políticas de conservação e reflorestamento para reverter a tendência. A proteção da Amazônia, destacam, não é apenas uma questão ambiental, mas também de segurança hídrica e climática para todo o continente.
Impactos da perda florestal no ciclo hidrológico regional da estação seca. (ecodebate)
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