Em julho de 2025, as
temperaturas globais ficaram 0.45°C acima da média de 1991-2020, marcando o
terceiro julho mais quente já registrado. Globalmente, a temperatura média do
ar na superfície atingiu 16.68°C. Em relação ao período pré-industrial
(1850-1900), julho de 2025 foi 1.25°C mais quente.
Gráfico e Série histórica:
Para visualizar a série
histórica das anomalias de temperatura, você pode consultar o painel interativo
do Copernicus Climate Change Service, que permite analisar as variações
temporais. O gráfico, baseado nos dados do ERA5, mostra as anomalias da
temperatura média global do ar na superfície em relação ao período de referência
pré-industrial (1850-1900) para cada mês de julho, todos os meses e médias
móveis de 12 meses de 1979 a 2025. Você pode acessar o painel e explorar os
dados de forma interativa para visualizar a série histórica específica para
julho de 2025 e outros períodos.
Observações:
Julho de 2025 foi o terceiro
julho mais quente já registrado globalmente.
Apesar do calor, a sequência
de recordes de temperatura global registrada em 2023 e 2024 chegou ao fim, mas
isso não significa que as mudanças climáticas pararam.
O aumento da temperatura está
relacionado ao aquecimento global e às mudanças climáticas, com as atividades
humanas emitindo gases de efeito estufa para a atmosfera, segundo especialistas
da Empresa de Pesquisa Energética.
No Brasil, julho de 2025 não
teve temperaturas tão altas quanto em 2023 ou 2024, mas ainda assim, a
temperatura ficou acima da média para o período.
O inverno de 2025 no Brasil tem sido marcado por ondas de frio intensas, em parte devido à ausência de fenômenos como El Niño e La Niña.
Figura 1-Anomalias da temperatura média global do ar na superfície em relação ao período de referência pré-industrial de 1850–1900 para cada mês de julho, todos os meses e médias móveis de 12 meses de 1979 a 2025. Use os botões cinza e amarelo para alterar a amostragem temporal.
Gráfico da série histórica
das anomalias na temperatura do ar para o mês de julho/2025.
A intensa onda de calor que
atingiu a Escandinávia em julho foi potencializada pela crise climática e
mostra que “nenhum país está a salvo das mudanças do clima”, alertam
cientistas.
Tradicionalmente conhecidos
por seu clima frio, Noruega, Suécia e Finlândia enfrentaram temperaturas
inéditas. A Finlândia registrou um recorde de 22 dias consecutivos acima de
30°C, enquanto a Suécia viveu 10 noites com os termômetros não caindo abaixo de
20°C.
Segundo pesquisadores do
consórcio internacional World Weather Attribution, que tem como objetivo
analisar a relação entre eventos climáticos extremos e as mudanças climáticas
causadas pela ação humana, o aquecimento global causado pela queima de
combustíveis fósseis torna ondas de calor ao menos dez vezes mais prováveis e
2°C mais quentes. Alguns modelos climáticos indicaram que o fenômeno seria
impossível sem a ação humana.
Os impactos foram sentidos em várias frentes. Hospitais superlotaram e chegaram a cancelar cirurgias devido ao calor excessivo. Pelo menos 60 pessoas morreram afogadas com o aumento dos banhos em rios e lagos, onde também se multiplicaram algas tóxicas; centenas de incêndios florestais foram registrados. Em 2018, uma onda de calor semelhante provocou 750 mortes na Suécia, com especialistas prevendo números semelhantes neste ano.
Sob onda de calor, Escandinávia registra suas maiores temperaturas em décadas
A fauna também sofreu: renas,
símbolo da Escandinávia, morreram ou buscaram refúgio em áreas urbanas.
Motoristas foram alertados sobre o risco de animais procurarem sombra em túneis
rodoviários.
O episódio se insere em um
padrão mais amplo: ondas de calor recentes atingiram também Reino Unido,
Espanha, Croácia – onde os incêndios já destruíram o dobro da média histórica –
além de EUA, Japão e Coreia do Sul. Para os cientistas, não há dúvida de que a
crise climática está intensificando esses eventos extremos.
Nenhuma nação está segura,
afirmou a climatologista Friederike Otto, do Imperial College de Londres. “A
queima de petróleo, gás e carvão está matando pessoas. Os combustíveis fósseis
estão alimentando as mudanças climáticas extremas, e só a transição para energias
renováveis pode evitar que o problema se agrave”.
Um dado revelador (e
assustador) é que o aumento de apenas 0,2°C na temperatura global desde 2018
dobrou a probabilidade de ondas de calor como a deste ano. “Cada fração de grau
conta”, resumiu a pesquisadora Clair Barnes, também do Imperial College.
A especialista Maja Vahlberg,
da Cruz Vermelha sueca, reforça o alerta: “Nossa infraestrutura não foi feita
para suportar temperaturas tão altas, e uma população envelhecida torna-se
ainda mais vulnerável.
O que vimos neste julho é um lembrete de que o calor extremo não é ameaça distante, mas já está dentro de hospitais, lares de idosos e casas do norte europeu”.
Países nórdicos atingidos por onda de calor “sem precedentes”
Cientistas registam a maior
sequência de temperaturas acima dos 30°C na região.
Infelizmente, situações
similares já estão afetando também o Brasil. (ecodebate)




Nenhum comentário:
Postar um comentário