As mudanças climáticas
impactam a geração solar através da redução da eficiência dos painéis devido ao
aumento da temperatura, e danos físicos em infraestruturas causados por eventos
extremos como ventos fortes e granizo. A ocorrência de mais nuvens e a
degradação de equipamentos também diminuem a produtividade, enquanto a escassez
de água pode afetar a manutenção dos painéis.
Redução da Eficiência e
Produtividade
Aumento da Temperatura: O
calor excessivo pode aumentar a resistência elétrica nos componentes dos
painéis fotovoltaicos, diminuindo a eficiência de conversão de luz solar em
eletricidade.
Mais Nuvens: O aumento da
probabilidade de formação de nuvens pode afetar a irradiação solar disponível
para os painéis, diminuindo a geração de energia.
Degradação dos Módulos: O calor prolongado também pode acelerar a degradação dos painéis solares, afetando sua vida útil e produtividade.
Energia solar em perigo?
Poluição e mudanças
climáticas ameaçam o futuro dessa fonte limpa, acendendo um alerta global para
o impacto ambiental no setor de energia renovável!
Impactos Físicos e na
Infraestrutura
Ventos Severos e Granizo:
Ventos fortes e chuvas de granizo podem danificar fisicamente as estruturas que
sustentam os painéis solares, especialmente em grandes usinas fotovoltaicas.
Fenômenos Extremos: Aumento
de inundações, deslizamentos e descargas atmosféricas (raios) pode causar danos
diretos nas instalações solares e nas infraestruturas elétricas.
Disponibilidade de Água:
Secas mais longas e frequentes podem impactar a disponibilidade de água,
crucial para a limpeza e manutenção dos módulos fotovoltaicos.
Contexto no Brasil
Regiões de Risco: Estudos
indicam que regiões como o litoral do Nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte,
Piauí) e o Rio Grande do Sul podem ter redução na produtividade fotovoltaica.
Combinação de Fontes: A
combinação da energia solar com a eólica em regiões específicas pode ser uma
estratégia para mitigar a perda de produtividade de cada fonte, como no
Nordeste e no Rio Grande do Sul.
A Empresa de Pesquisa Energética publicou uma análise dos efeitos das mudanças climáticas sobre a geração solar. A combinação de altas temperaturas, clima seco e incidência de ventos, por exemplo, favorece a ocorrência de queimadas, que podem causar danos às usinas e aumentar a emissão de particulados na atmosfera, reduzindo a geração. Nos últimos anos, eventos climáticos extremos já afetaram as instalações no país.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou uma análise dos possíveis efeitos das mudanças climáticas sobre a geração solar. Por depender diretamente de recursos naturais variáveis, como a irradiação solar, a fonte é especialmente vulnerável às condições climáticas. Como a fonte tem uma participação cada vez maior, a vulnerabilidade da matriz elétrica brasileira em relação aos impactos das mudanças climáticas se torna ainda maior.
Em 2024, a energia solar foi
a terceira maior fonte geradora de eletricidade na matriz brasileira, com 9,3%,
ou 70 mil GWh. Em capacidade instalada, a fonte foi a segunda maior, com 20% ou
48 GW, contando geração centralizada e distribuída.
Eventos climáticos extremos
já afetam a geração solar
Diversos eventos climáticos
nos últimos anos demonstraram a vulnerabilidade das usinas solares a fenômenos
extremos. Em 2020, ventos superiores a 100 km/h causaram danos a estruturas e
indisponibilidade de 36 unidades geradoras em Tocantins, totalizando 1,89 MW de
potência afetada. Em 2023, ventos fortes em Paracatu (MG) provocaram sinistros
em módulos fotovoltaicos, resultando na perda de 46 MW de capacidade geradora.
Além disso, em 2024, o Rio Grande do Sul sofreu com enchentes que causaram
desligamentos e danos em infraestruturas fotovoltaicas submersas pela água.
As projeções do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e do Plano Clima para o
Brasil indicam um cenário com tendências de aumento de condições climáticas que
podem ser tanto positivas quanto desafiadoras para a energia solar. Entre as tendências
mais preocupantes estão o aumento de ventos severos, especialmente nas regiões
Sudeste, Sul, Norte e Nordeste, e o aumento das chuvas extremas nas mesmas
regiões. Essas condições podem resultar em danos físicos às estruturas das
usinas solares e afetar a eficiência dos sistemas fotovoltaicos.
Além disso, o aumento da
temperatura média em todo o Brasil, com especial ênfase nas regiões de maior
incidência solar, pode comprometer a eficiência dos módulos fotovoltaicos. A
temperatura excessiva causa degradação dos materiais, reduzindo a capacidade de
geração de energia, o que se reflete diretamente no desempenho das usinas
solares, além de acelerar o desgaste dos equipamentos. A combinação de altas
temperaturas, clima seco e ventos fortes favorece a ocorrência de queimadas, o
que pode danificar os módulos e reduzir ainda mais a irradiação solar.
Em regiões onde a geração
solar é altamente dependente da radiação direta, como no Norte e no
Centro-Oeste, o aumento da nebulosidade também pode reduzir a irradiação solar,
afetando a produção de energia. A redução da nebulosidade, por outro lado, pode
melhorar as condições para a geração fotovoltaica, embora esses efeitos variem
conforme a localização e a época do ano.
Maior vulnerabilidade em
pequenas instalações
Outro ponto crítico é a
geração distribuída de energia solar, que tem ganhado espaço no Brasil,
especialmente em residências e pequenos comércios. Nessas instalações, os
módulos fotovoltaicos, geralmente de menor robustez, tornam-se mais suscetíveis
aos danos causados por eventos climáticos extremos. Ventos fortes, granizo,
chuvas intensas ou até mesmo descargas atmosféricas podem comprometer a
integridade das estruturas e a geração de energia, prejudicando o abastecimento
de energia em localidades que dependem dessas fontes descentralizadas.
Em sistemas isolados, onde a geração solar fotovoltaica substitui os geradores termelétricos, os danos causados por eventos climáticos severos podem comprometer não apenas o fornecimento de energia elétrica, mas também a manutenção dos sistemas e a operação de outros equipamentos essenciais.
Mudanças climáticas: como a energia solar contribui para a sustentabilidade do planeta
Principais impactos de
mudanças climáticas na geração fotovoltaica
- Aumento da magnitude e
duração das chuvas extremas: Deslizamentos de encostas, enxurradas, inundações
e chuvas de granizo podem causar danos nas estruturas e nos módulos
fotovoltaicos; Descargas atmosféricas podem causar danos às estruturas e
incêndios;
- Aumento de ventos severos:
Podem causar danos físicos nas estruturas de geração, tanto nas usinas de maior
porte quanto na geração distribuída;
- Aumento da temperatura:
Redução da eficiência e degradação dos módulos fotovoltaicos e equipamentos;
- Aumento da frequência e
duração das secas: Pode reduzir a disponibilidade de água para a limpeza dos
módulos. (pv-magazine-brasil)





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