Os impactos das mudanças
climáticas na saúde já são sentidos em todo planeta e irão se intensificar nas
próximas décadas sem uma ação urgente.
Neste resumo, escrevemos os
impactos significativos e crescentes das mudanças climáticas na saúde humana e
a necessidade crítica de uma ação governamental acelerada e abrangente.
Impactos principais na saúde
• Doenças e Mortes
Relacionadas ao Calor: Ondas de calor mais frequentes e intensas estão levando
a um aumento de insolação, exaustão pelo calor e agravamento de condições
cardiovasculares e respiratórias preexistentes. Idosos, crianças pequenas e
pessoas com doenças crônicas são particularmente vulneráveis.
• Impactos na Saúde Mental e
Bem-Estar: Eventos climáticos extremos, como inundações e ciclones, causam
trauma psicológico, estresse pós-traumático e angústia. A “ecoansiedade” – o
medo crônico de um desastre ambiental – está se tornando mais comum,
especialmente entre os jovens. A perda de lares, locais de significado cultural
e meios de subsistência tem profundos impactos no bem-estar mental.
• Aumento de Doenças
Infecciosas: Temperaturas mais altas e mudanças nos padrões de chuva expandem o
alcance geográfico de vetores de doenças, como mosquitos que transmitem dengue
e febre do Ross River. Há também um risco maior de doenças transmitidas por
alimentos e água (como salmonela e campilobacter) devido a condições mais
quentes.
• Má Qualidade do Ar: A
poluição do ar por partículas finas (PM2.5) de incêndios florestais (cada vez
mais frequentes e severos) agrava a asma, bronquite e outras doenças
respiratórias. Temporadas de pólen mais longas e intensas também pioram as
alergias e a asma.
• Insegurança Alimentar e
Hídrica: Eventos climáticos extremos, secas e a acidificação dos oceanos
perturbam a produção agrícola e a pesca, levando à insegurança alimentar e desnutrição.
Enchentes podem contaminar fontes de água potável, aumentando o risco de
doenças.
A necessidade de ação urgente
A comunidade de saúde pública
exorta o Governo a agir imediatamente para proteger a saúde dos neozelandeses,
implementando políticas ousadas que:
1. Mitiguem as Mudanças
Climáticas: Acelerar drasticamente a transição para uma economia de energia
limpa e renovável, descarbonizar o setor de transportes e reduzir rapidamente
as emissões de gases de efeito estufa em todos os setores. Estas são,
fundamentalmente, ações de saúde pública.
2. Adaptem e Construam
Resiliência: Fortalecer os sistemas de saúde para que possam resistir a choques
climáticos e atender à demanda crescente. Investir em habitação, infraestrutura
urbana (espaços verdes, sombreamento) e planejamento comunitário que protejam
as populações mais vulneráveis de perigos como calor e inundações.
3. Promovam a Saúde e a Equidade: Apoiar políticas que tenham benefícios simultâneos para a saúde e o clima, como dietas baseadas em plantas, mobilidade ativa (caminhar e andar de bicicleta) e cidades mais verdes. Essas ações reduzem as emissões e, ao mesmo tempo, combatem doenças não transmissíveis, melhoram a saúde mental e criam comunidades mais saudáveis.
As mudanças climáticas representam uma crise de saúde pública. Proteger a saúde e o bem-estar deve ser uma consideração central em todas as políticas climáticas.
Uma ação decisiva e urgente
para reduzir as emissões e adaptar-se aos impactos atuais não só evitará um
sofrimento generalizado e custos de saúde enormes, mas também criará um futuro
mais saudável, justo e resiliente para todos. (ecodebate)



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