Nos fornos das siderúrgicas seria usado carvão de espécies exóticas
Depois de fechar com o agronegócio o pacto da soja e da carne, no qual as indústrias recusam-se a comprar grãos e carne produzidos em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia, o governo quer fazer o mesmo com o setor siderúrgico para produzir o "aço verde" - seria a primeira certificação desse tipo no mundo. Pela proposta, apresentada ontem na reunião sobre o clima por Ivan Ramalho, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, as siderúrgicas se comprometerão a só usar carvão vegetal em seus fornos de altíssima temperatura.
A reposição das madeiras utilizadas no carvão deverá ser de 100% e só envolverá espécies exóticas, como o eucalipto, protegendo, assim, a vegetação nativa. As siderúrgicas parariam também de utilizar em seus fornos carvão mineral, considerado altamente poluidor e também um dos principais causadores do aquecimento global.
A iniciativa seria, na opinião do governo, a grande contribuição do setor siderúrgico no combate ao aquecimento global. A proposta será levada à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, em dezembro.
A chamada moratória da soja, em vigor desde 2006, foi assinada entre o governo, a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Brasileira de Exportação de Cereais (Anec). Desde então, os industriais e os exportadores exigem dos fornecedores de soja comprovação de que o produto não seja produzido em áreas desmatadas da Amazônia
O pacto da carne é semelhante.
A moratória da carne foi assinada com frigoríficos, para que eles exigissem dos fornecedores a origem do animal. A proposta ganhou adesão de grandes supermercados, que passaram a cobrar a comprovação de que a carne não era de bovino engordado em áreas da Amazônia desmatadas ilegalmente.
Para o governo, essa é a forma mais eficaz de combater a abertura de novas clareiras na Amazônia.
O entendimento vem de acordo com o nível cultural e intelectual de cada pessoa. A aprendizagem, o conhecimento e a sabedoria surgem da necessidade, da vontade e da perseverança de agregar novos valores aos antigos já existentes.
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