Satélites indicam queda de 47% do desmatamento na floresta amazônica.

Ainda faltam dois meses para o fechamento dos dados, que, se confirmados, poderão indicar uma redução recorde. Apesar do bom resultado, de agosto de 2009 a maio deste ano foi registrado o corte de 1.567 km² - área maior que a cidade de São Paulo. Faltando apenas dois meses para o período de coleta de dados da taxa anual de desmatamento, o ritmo de abate de árvores na Amazônia indica uma queda de 47%.
A redução é maior que a registrada no ano passado (42%) até então um recorde nacional. A indicação de nova queda aparece nos dados acumulados durante dez meses - entre agosto de 2009 e maio de 2010 - pelo Deter, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real.
Divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Deter é usado para orientar a ação de fiscais no combate à devastação da Amazônia. O Deter captou desde agosto passado o corte de 1.567 km² da Floresta Amazônica, área maior do que a cidade de São Paulo. Mas o sistema conta apenas uma parte da história do que acontece na região.
Mais rápido e menos preciso, o Deter não capta desmatamentos em áreas com menos de 50 hectares (meio quilômetro quadrado). Vem daí a principal diferença entre o sistema de detecção do desmatamento em tempo real e o Prodes, que mede a taxa oficial, divulgada ao final de cada ano.
No ano passado, o Prodes mediu redução recorde de 42% no ritmo do desmatamento.
A área abatida foi a menor desde o início da série histórica do INPE, em 1988. Entre agosto de 2008 e julho de 2009 foram devastados 7.464 km² de floresta, ou cerca de cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo. No ano anterior, a Amazônia havia perdido quase 13 mil km² de floresta.

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