terça-feira, 27 de setembro de 2011

Degelo no Ártico baixa ao nível máximo

A extensão do gelo no Ártico baixa ao nível mínimo histórico
Em 32 anos de medições por satélites, os últimos cinco foram os que tiveram os maiores degelos. A extensão do gelo no Ártico chegou neste verão boreal ao mínimo já registrado disseram três institutos diferentes em 13/09, confirmando uma tendência que pode levar a verões sem gelo algum na região dentro de uma década. Reportagem com informações da Reuters e da EFE.
Em 32 anos de medições por satélites, os últimos cinco foram os que tiveram os maiores degelos, o que provavelmente é consequência de padrões naturais de temperatura e da mudança climática provocada pelo homem.
A ausência de gelo no verão ártico pode afetar o clima no mundo todo. Cientistas dizem que os recentes invernos na Europa e América do Norte, excepcionalmente frios, já são um sinal disso, pois o mar mais quente e aberto no Ártico desvia os ventos polares para o sul.
Pesquisadores da Universidade de Bremen (Alemanha) disseram que este ano destronou 2007 como o de menor extensão do gelo no Ártico, na medição feita em 8 de setembro.
Já o Centro Nacional de Dados da Neve e do Gelo (NSIDC) dos EUA diz que este ano deve permanecer em segundo lugar, mas numa espécie de “empate técnico”.
A Agência Espacial Europeia (ESA) informou que “nos últimos cinco anos foi observada a extensão de gelo mais baixa desde que começou a medição com satélites nos anos 70”.
Os satélites que observam a Terra permitem medir a quantidade de gelo em áreas inacessíveis, como o Ártico. Este ano, a extensão de gelo no Ártico é comparável ao mínimo de 2007, informou a ESA.
Mais importante que o recorde é a tendência, disse Georg Heygsterall, da Universidade de Bremen, citando o fato de que todos os verões boreais desde 2007 tiveram degelos maiores do que antes daquele ano.
Recentemente, a Organização Meteorológica Mundial declarou que 2010 empatou com 1998 e 2005 como o ano mais quente desde o início dos registros, há cerca de um século e meio.
Os pesquisadores da Alemanha e dos EUA usaram satélites para medir a radiação de micro-ondas da camada de gelo, mas com métodos ligeiramente diferentes. O NSIDC obtém uma imagem mais nítida, mas a Universidade de Bremen consegue uma resolução mais alta, de 6 quilômetros, contra 25 no outro estudo.
Os pesquisadores são unânimes em dizer que o gelo marinho no verão está desaparecendo em um ritmo maior do que se previa. “Um verão sem gelo no Ártico está rapidamente a caminho. A maioria dos dados indica que os modelos estão subestimando o ritmo da perda de gelo”, disse Kim Holmen, diretor de pesquisas do Instituto Polar Norueguês.
“Isso significa que vemos uma mudança mais rápida do que os modelos sugeriram. Significa também que há por aí processos que ainda estamos por compreender influenciando o gelo.”
O recuo do gelo no verão já atingiu níveis que eram previstos só para daqui a três décadas nos modelos usados no importante relatório de quatro anos atrás do painel climático da ONU.
Esse grupo de cientistas previu que o Ártico ficaria sem gelo no verão no fim deste século, mas isso pode acontecer já em 2013, segundo uma das estimativas mais agressivas. Outros especialistas preveem que a eliminação total do gelo vai acontecer entre 2020-50. (EcoDebate)

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