Usinas vão produzir
plástico biodegradável feito da cana
Dois tradicionais grupos do setor sucroalcooleiro do interior paulista
se preparam para produzir em escala industrial o primeiro plástico
biodegradável feito a partir da cana-de-açúcar do Brasil.
Para entrar no mercado com a novidade, a Pedra Agroindustrial e o Grupo
Balbo criaram a PHB Industrial e negociam uma aliança estratégica com um
parceiro que terá a missão de distribuir 10 mil toneladas do novo plástico que
se decompõe no ambiente a partir de 2015.
Hoje, uma unidade-piloto na Usina da Pedra, em Serrana (313 km de SP),
produz cinco toneladas que são consumidas em experimentos.
Batizado de Biocycle, o plástico pode ser usado na fabricação de peças
rígidas como painéis de carros, materiais esportivos ou agrícolas e
descartáveis como canetas e cartões, segundo Eduardo Brondi, gerente
administrativo da PHB Industrial.
A empresa até começou a comercializar um conjunto de escovas de cabelo e
pentes, com a marca ProArt Eco-, mas em pequena escala.
O tempo de decomposição do Biocycle é a partir de 180 dias em estações
de compostagem, mas isso depende da espessura do objeto.
Segundo Brondi, o primeiro plástico biodegradável de cana do Brasil, no
entanto, não é apropriado para fabricação de sacolinhas ou produtos de
espessuras mais finas devido às suas características físico-químicas.
A cana já serve de matéria-prima na produção de um plástico usado em
sacolas retornáveis de supermercado, por exemplo.
"A diferença é que essas sacolas não são um produto biodegradável",
afirma Jairo Menesis Balbo, diretor do Grupo Balbo.
Os dois grupos canavieiros não divulgam o valor investido até agora nas
pesquisas que viabilizaram o plástico biodegradável de cana nem o nome do
parceiro estratégico com quem negociam. (sermateczaninionline)
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