Segundo a FAO, o mundo pode alimentar mais pessoas com
melhor eficiência
O mundo pode se
alimentar com menos produção alimentícia do que se previa anteriormente caso
adote a agricultura sustentável, reduza desperdícios e elimine os excessos no
consumo, disse a agência da ONU para alimentação e agricultura (FAO).
Se o atual padrão de
consumo persistir, o mundo terá de elevar sua produção de alimentos em 60 por
cento até 2050 em relação aos níveis de 2005-07, a fim de alimentar uma
população que deve saltar dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões, segundo a FAO.
Mas seria possível
alimentar essa população com um aumento bem menor na produção alimentícia,
acrescentou a FAO em um relatório divulgado a poucas semanas da Cúpula sobre
Desenvolvimento Sustentável da ONU Rio+20, de 20 a 22 de junho.
No lado da produção,
os sistemas agroalimentícios deveriam reduzir seus impactos ambientais
negativos, incluindo o esgotamento do solo e da água e as emissões de gases
causadores do efeito estufa.
No lado do consumo,
as pessoas deveriam reduzir perdas e desperdícios que chegam a 1,3 bilhão de toneladas
de alimentos por ano, ou quase um terço do consumo humano mundial.
A FAO disse que os
governos participantes da conferência do Rio de Janeiro deveriam se comprometer
em acelerar os esforços para o combate à fome e à desnutrição, e adotar
diretrizes voluntárias da ONU sobre o direito à alimentação.
O diretor da FAO, o
brasileiro José Graziano da Silva, disse no relatório que o desenvolvimento
sustentável passa pela erradicação da fome em um mundo onde 900 milhões de
pessoas não têm comida suficiente.
“Não podemos chamar
de desenvolvimento sustentável enquanto esta situação persistir, em que quase
um em cada sete homens, mulheres e crianças ficam para trás, vítimas da
desnutrição.” (EcoDebate)
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