domingo, 21 de outubro de 2012

Centro de reciclagem de eletroeletrônicos

A Itautec é reconhecida por sua iniciativa no desenvolvimento do que é hoje um dos projetos mais avançados em destinação de resíduos eletroeletrônicos em operação no Brasil. Esta operação acontece num centro da empresa em Jundiaí, cidade do interior do Estado de São Paulo, onde está localizada a fábrica da Itautec, e no qual foram investidos R$ 350 mil na construção de uma área destinada à reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos ao final de sua vida útil.
Neste espaço, os equipamentos são recebidos, desmontados, descaracterizados, pesados e depois têm suas partes segregadas por tipo de material. O procedimento é válido para PCs, notebooks ou equipamentos de automação. Após a separação, estes resíduos são encaminhados aos cuidados de recicladores homologados para o processamento ou destinação final. Estes parceiros da Itautec permitem que essas matérias-primas sejam reinseridas na cadeia produtiva, evitando desperdícios, o acúmulo de dejetos e a contaminação ambiental pelo descarte incorreto.
Em 2010, o programa atingiu o volume recorde de 3.842 toneladas de resíduos reciclados - o equivalente a cerca de 140 mil desktops e mais de 5,6 mil ATMs, acréscimo de 524% em comparação com o exercício anterior. Do montante, 53,8 toneladas de placas eletrônicas foram encaminhadas à reciclagem fora do País, que ainda não possui tecnologia disponível para o processo. Os demais materiais foram 100% reciclados por empresas brasileiras. O domínio deste processo vem se tornando cada vez mais importante para as operações da Itautec, porque grandes clientes, entre corporações e organizações da área de governo, já estão incorporando a preocupação com o ciclo de vida de produtos em seus processos de compra e descarte, bem como a observância à presença ou não de materiais tóxicos nos equipamentos, que facilitará seu manejo ao fim de sua vida útil.
 

Histórico
Inicialmente, a reciclagem já estava contemplada no Sistema de Gestão Ambiental adotado pela Itautec. A empresa deu início a esta iniciativa com a coleta seletiva, que tinha como objetivo mudar a cultura dos colaboradores e fazer com que eles participassem, dentro de uma linha de conscientização ambiental, do melhor aproveitamento de materiais, evitando desperdícios. Isso levou aos trabalhos de pesquisa sobre como reciclar um PC, o que se mostrou um grande desafio técnico, já que não existiam empresas com o conhecimento técnico de como reaproveitar os materiais contidos nestes equipamentos. Parte desta reciclagem foi verticalizada na empresa, como a desmontagem do computador. O domínio deste processo, adquirido a partir de ensaios realizados em 2003, permitiu que os materiais que constituem um computador retornassem à cadeia produtiva, em vez de seguir para aterros sanitários (lixo) ou para o mercado cinza. Inicialmente ele ocorria nas instalações da Itautec em São Paulo, no Tatuapé e, com a transferência da fábrica de computadores, ATMs e equipamentos de automação comercial para Jundiaí, em 2007, as instalações foram replicadas naquela planta. Atualmente esta segregação de materiais é realizada em um galpão de 715 m2. É bom frisar que um computador é 100% reciclável. Jogar micros ou componentes em aterros sanitários significa jogar matéria-prima valiosa no lixo, e constitui uma atitude que não está alinhada com os princípios da sustentabilidade.
Processo
Os equipamentos são recebidos, classificados e depois separados com base em seus componentes principais, como plástico, metais, cabos, embalagens e componentes eletrônicos, que incluem o HD, memórias e as placas de circuitos integrados. Todas as partes são descaracterizadas para prevenir o uso no mercado cinza. Após atingir uma quantidade determinada, estes materiais são acomodados em pacotes maiores, para facilitar armazenamento e transporte e, em seguida, são reintroduzidos no processo produtivo por meio de parceiros que utilizam estes materiais como matéria-prima. A planta de reciclagem de Jundiaí ainda processa outros resíduos do processo fabril como embalagens plásticas, papel e papelão, que são acomodados em fardos, após passar por uma prensa industrial.
A única exceção a esta reciclagem de materiais tecnológicos se aplica às placas de circuito impresso. Como não existe tecnologia homologada no Brasil para extrair destas placas os metais nobres utilizados, a Itautec acumula estas placas e, de tempo em tempo, encaminha-as para parceiros em Cingapura e na Bélgica, onde elas são completamente recicladas. Do total de lixo eletrônico da Itautec destinado para reciclagem, aproximadamente 97% dos materiais são reciclados por empresas instaladas no Brasil. Os demais 3%, que constituem as placas de circuito impresso, vão para nossos parceiros no exterior. (itautec)

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