terça-feira, 27 de novembro de 2012

Plásticos ameaçam vida no Mediterrâneo

Bilhões de fragmentos plásticos ameaçam vida no Mediterrâneo
Cerca de 250 bilhões de pedaços microscópicos de plástico flutuam no mar Mediterrâneo, representando uma ameaça à biodiversidade marinha. Esse impacto reverbera na cadeia alimentar, segundo estimativas feitas por biólogos marinhos da França e da Bélgica. As conclusões vieram da análise de amostras de água coletadas em julho nas costas da França, do norte da Itália e da Espanha a uma profundidade de 10 a 15 centímetros.
Noventa por cento das amostras, coletadas por voluntários da Expedição Mediterrâneo em Perigo (MED, na sigla em inglês), continham esses fragmentos. O peso médio de cada um deles é de 1,8 miligrama, “que superam, grosso modo, as 500 toneladas em todo o Mediterrâneo”, disse François Galgani, do Instituto Francês de Exploração do Mar (Ifremer).
A amostragem cobriu apenas as águas superficiais e deu uma avaliação preliminar do problema. Coletas futuras, na costa de Gibraltar, Marrocos, Argélia, Tunísia, Sardenha e sul da Itália serão feitas em 2011 para uma análise mais abrangente.
Entenda a ameaça - Pequenos fragmentos plásticos são uma ameaça permanente no mar, pois se misturam ao plâncton e são confundidos com ele. Pequenos peixes se alimentam deles e, mais tarde, são comidos por predadores maiores e assim sucessivamente por toda a cadeia alimentar. Há evidências de que isso provoca danos acumulados até nas maiores formas de vida marinha, como focas, tartarugas e baleias. Ingeridos, os compostos plásticos obstruem o aparelho digestivo dos animais, causam lesões no estômago e liberam compostos tóxicos.
“A única solução para o problema é conter os microfragmentos nas fontes”, disse o integrante da Expedição MED, Bruno Dumontet. O grupo está lançando uma petição online para exigir da União Europeia (UE) o estabelecimento de regras sobre o descarte e a biodegradabilidade de bens de consumo. (fsj.edu)

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