A população na República Democrática do Congo em 2100
A população da
República Democrática do Congo era de 12,2 milhões de habitantes em 1950, cerca
de um quarto da população brasileira da época e passou para 65,9 milhões de
habitantes em 2010, menos de um terço da população brasileira. Portanto, a R.D.
do Congo teve um crescimento demográfico rápido e, mesmo sendo um país
relativamente pequeno em termos territoriais, pode ultrapassar a população
brasileira até o final do século XXI. Para 2050, a estimativa é de 148,6
milhões na projeção média, podendo chegar a 212,1 milhões de habitantes em
2100. No final do século XXI a população congolesa pode chegar a 314 milhões na
hipótese alta ou 138,3 milhões na hipótese baixa.
A densidade
demográfica era baixa em 1950, de 5 hab/km2, mas chegou a 28 hab/km2,
em 2010 (superando a densidade brasileira), devendo chegar a 63 hab/km2,
em 2050 e superando 100 hab/km2, em 2100.
A taxa de fecundidade
total (TFT) da R.D do Congo era de 5,98 filhos por mulher em 1950, mas subiu
para 7,14 filhos em 1990-95. Em 2010 a TFT era de 6,07 filhos por mulher e,
segundo a projeção média da ONU, deve cair para 2,73 filhos em 2050 e 1,9
filhos em 2100. O número médio de nascimentos estava em 608 mil no quinquênio
1950-55, chegou a 2,772 milhões em 2005-10 e deve alcançar 3,380 milhões de
nascimento em 2050.
A idade mediana era
de 18 anos em 1950 e diminuiu para 16,7 anos em 2010. Com a redução da base da
pirâmide populacional, a idade mediana deve passar para 25 anos em 2050 e 38
anos em 2100. Portanto, a R.D. do Congo vai continuar sendo um país com alta
proporção de jovens no restante do século XXI.
A mortalidade
infantil era muito alta, de 167 mortes por mil nascimentos em 1950, caiu para
115,8 mortes por mil em 2010 e deve ainda se manter alta, em torno de 57 por
mil, em 2050 e só deve ficar em torno de 20 por mil em 2100. A esperança de
vida era de 39 anos em 1950, passou para 47,4 anos em 2010 e deve atingir 61
anos e 74 anos em 2050 e 2100, respectivamente.
O Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) era de 0,286 em 1980 e caiu para 0,234 em 2000,
tendo uma ligeira recuperação para 0,304 em 2012, mas se mantendo em penúltimo
lugar entre os países do mundo. Ou seja, a República Democrática do Congo
possui baixíssima renda, pequena esperança de vida e péssimos níveis
educacionais.
Em termos ambientais,
a R.D. do Congo possui um grande superávit ambiental. Segundo o relatório Planeta
Vivo, da WWF, a pegada ecológica per capita dos congoleses era de apenas 0,76
hectares globais (gha), em 2008, mas para uma biocapacidade de 3,10 gha. Porém,
o país está sob ameaça de destruir toda a sua riqueza ambiental devido ao
aumento da população, ao desmatamento, às guerras e à depleção dos recursos
naturais provocado pela mineração e pela exploração econômica selvagem.
(EcoDebate)
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