Temporada de furacões do atlântico em 2013 deve ser 75% mais
ativa que o normal
Furacão Katrina,
em 28/08/2005
A temporada de
furacões no Atlântico – que começa em junho e dura até novembro – será 75% mais
ativa do que o normal, devido, em parte, ao inverno ameno que não resfriou as
águas do oceano, aumentando a probabilidade de furacões de categoria elevada
chegarem a países do Caribe e aos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira a
Universidade do Estadual do Colorado.
“Prevemos que a
temporada de furacões de 2013 na bacia atlântica terá uma maior atividade em
comparação com a média do período entre 1981-2010″, resumiram hoje em uma
apresentação pela internet os especialistas Philip Klotzbach e William Gray,
responsáveis pela pesquisa sobre a temporada de furacões realizada há 30 anos
pela universidade.
Segundo eles, uma
temporada padrão tem 12 tempestades com nome próprio (tempestades tropicais),
das quais 6,5 chegam a se tornar furacões e duas alcançam categorias superiores
(de 3 a 5 na escala de Saffir-Simpson, com ventos a partir de 178 km/h).
Os cálculos para este
ano, no entanto, preveem 18 tempestades com nome, das quais nove chegarão a
furacão e quatro alcançarão categorias superiores.
Caso a previsão
esteja correta, esta temporada será mais ativa que a última, que apesar de ter
tido 19 tempestades tropicais e 10 furacões, apresentou apenas dois de categorias
superiores, “Michael” e o devastador “Sandy”, que causou a morte de pelo menos
147 pessoas.
Outra forma de medir
a intensidade das temporadas de furacões é contabilizar o número de dias. A
média dos últimos 30 anos na bacia atlântica é de que durante 60 dias haja
alguma tempestade tropical ativa – 21,3 dias de furacões e 3,9 dias de furacões
superiores.
Em 2013, deve haver
95 dias (mais de três meses) de tempestades tropicais ativas – 40 dias de
furacões e 9 dias de furacões de maior intensidade.
Para os
especialistas, o aumento da atividade durante a temporada de furacões se deve
ao fato de que este tipo de frente atmosférica “se alimenta” de águas quentes.
“As águas do
Atlântico tropical estão se aquecendo de forma anormal nos últimos meses, e
parece que as possibilidades de ocorrência de um fenômeno como o ‘El Niño’
entre junho e novembro são muito pequenas”, explicou Klotzbach ao apresentar o
relatório.
“Antecipamos uma
probabilidade superior à média de que furacões de alta intensidade toquem terra
ao longo da costa dos Estados Unidos e do Caribe”, acrescentou.
Os especialistas
também observaram que, desde 1900, antes de apenas cinco temporadas foram
registradas condições atmosféricas semelhantes às deste ano (1915, 1952, 1966,
1996 e 2004). No total, quatro foram realmente mais ativas do que o habitual.
Quanto às
possibilidades de que toque terra nessa temporada um furacão de categoria maior
– o que é a grande preocupação -, os especialistas afirmam que no Caribe as
chances são de 61%, contra a média de 42%.
Já a mesma
probabilidade para os Estados Unidos chega a 72% (contra a média de 52%). No
litoral leste, as chances são de 48% (31% de média), e no Golfo do México, de
47% (30%). (EcoDebate)
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