O Canadá tem a
segunda área territorial do mundo – 9,984,670 km2. Como possui uma
população pequena, o país possui uma densidade demográfica de apenas 3
habitantes por Km2, em 2010, muito abaixo dos 23 hab/km2
do Brasil.
A taxa de fecundidade
total (TFT) do Canadá era de 3,7 filhos por mulher em 1950-55, mas chegou
abaixo do nível de reposição no quinquênio 1970-75, com TFT de 1,98 filhos por
mulher. Em 2005-10 a TFT estava em 1,5 filhos por mulher e a projeção média da
ONU indica uma recuperação lenta ao longo do século até atingir 2 filhos em
2100. O número médio de nascimentos estava em 409 mil no quinquênio 1950-55 e
caiu para 371 mil nascimentos em 2005-10. A idade mediana era de 27,2 anos em
1950 e passou para 40 anos em 2010, mostrando que o Canadá tem uma estrutura
etária muito mais envelhecida que a do Brasil.
A mortalidade
infantil de 38,4 por mil já era baixa em 1950-55 e chegou a 5,2 mortes para
cada mil nascimentos em 2005-10. No mesmo período a esperança de vida passou de
69 anos para 80,5 anos. Para 2100, estima-se uma mortalidade infantil de apenas
1,9 por mil e uma esperança de vida de 90 anos.
Em termos ambientais,
o Canadá – por ser um país extenso e com baixa densidade demográfica – possui
um grande superávit ambiental. Segundo o relatório Planeta Vivo, da WWF, a
pegada ecológica per capita dos canadenses era alta, 6,43 hectares globais
(gha), em 2008, mas possuía uma biocapacidade per capita de 14,92 gha.
Porém, se a população
do Canadá passar para 100 milhões de habitantes (metade da brasileira) a
biocapacidade cairia para 5,5 gha e o país passaria a ter déficit ambiental.
Desta forma, podemos concluir que alto consumo com baixa densidade demográfica
pode ser viável, o que não é sustentável é alto consumo com alta população
(como ocorre nos Estados Unidos).
Para complicar uma
situação favorável, o Canadá tem abusado do seu potencial ambiental ao ampliar
a exploração das areias betuminosas (tar sands) que é um combustível fóssil
altamente poluidor. Ironicamente, o aumento da emissão de gases de efeito
estufa e o aquecimento global podem até ser bom para o Canadá, pois reduziria
as temperaturas muito baixas existentes no país.
Mas para o resto do
mundo seria péssimo, pois cerca de 20% das geleiras no norte do Canadá podem
desaparecer até o fim do século 21, um derretimento que pode acrescentar 3,5 cm
na elevação do nível do mar. Desta forma, caminhar para uma economia de baixo
carbono, poderia ser uma contribuição canadense para o mundo e para as
populações litorâneas do globo. (EcoDebate)
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