População brasileira deve chegar ao máximo (228,4 milhões) em 2042
A população
brasileira continuará crescendo até 2042, quando deverá chegar a 228,4 milhões
de pessoas. A partir do ano seguinte, ela diminuirá gradualmente e estará em
torno de 218,2 milhões em 2060.
Esse é um dos
destaques da publicação “Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para
o Período 2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo
e Idade para o período 2000/2030”, que o IBGE disponibiliza hoje (29/8/2013) na
internet.
Além da projeção
da população para o país e das unidades da Federação, a publicação traz
projeções da fecundidade feminina por faixa etária, da mortalidade, da esperança
de vida ao nascer para o país e para as unidades da Federação e do saldo
migratório (imigrantes menos emigrantes) internacional e interno, entre outros
indicadores.
Observa-se, por
exemplo, que a idade média em que as mulheres têm filhos, que está em 26,9 anos
em 2013, deve chegar a 28 anos em 2020 e 29,3 anos em 2030.
A esperança de
vida ao nascer deve atingir os 80,0 anos em 2041, chegando a 81,2 anos em 2060.
Já entre as unidades da Federação, a esperança de vida em Santa Catarina deve
alcançar os 80,2 anos já em 2020. Nesse mesmo ano, o Maranhão deve ser o estado
com esperança de vida mais baixa (71,7 anos), mas deve chegar a 74,0 anos em
2030 e, assim, ultrapassar Rondônia e Piauí, que estarão com esperanças de vida
em 73,8 e 73,4 anos, respectivamente.
Em termos de
saldo migratório interno, em 2020 e 2030 a projeção indica que Bahia, Maranhão,
Rio Grande do Sul, Ceará, Alagoas, Piauí e Pernambuco deverão ter os maiores
saldos negativos (maior número de pessoas saindo do estado), todos acima de 10
mil emigrantes, mantendo a tendência observada nas últimas décadas. A projeção
aponta que o estado da Bahia continuará a ter as maiores perdas populacional na
comparação com estes estados citados, com -46,6 mil e -39,3 mil,
respectivamente. Já Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e
Espírito Santo devem ter os maiores saldos positivos, todos acima de 10 mil
imigrantes. Santa Catarina deve se manter com o maior saldo migratório, 37,1
mil em 2020 e 34,3l em 2030. Essas tendências são as mesmas observadas nos
últimos anos.
O conjunto das
projeções incorpora as informações mais recentes sobre as componentes do
crescimento demográfico (mortalidade, fecundidade e migração), obtidas através
dos resultados do Censo Demográfico 2010 e dos registros administrativos de
nascimentos e óbitos. Os resultados atuais substituem os da “Projeção da
População do Brasil por sexo e idade: 1980-2050 – Revisão 2008”. Essas
informações possibilitam uma visão atual da dinâmica demográfica nacional e
estadual, considerada na elaboração das hipóteses futuras para as projeções.
A evolução das
componentes demográficas no período 2000/2030 resultam em um significativo
envelhecimento da população em todas as Unidades da Federação. Contudo,
espera-se que em 2030 ainda existam importantes diferenciais regionais na
estrutura etária da população. Em 2027 o Rio Grande do Sul já teria um número
maior de idosos do que de crianças, ao passo que Acre, Amazonas, Roraima e
Amapá ainda teriam cerca de 30 idosos para cada 100 crianças, valores
semelhantes aos observados nas Regiões Sul e Sudeste em meados da década de
2000.
A publicação
completa pode ser acessada pelo link
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2013/default.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2013/default.shtm
O IBGE também
divulga, hoje, as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios
brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2013. As estimativas
populacionais são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e
sociodemográficos nos períodos intercensitários e são, também, um dos
parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União na distribuição do Fundo
de Participação de Estados e Municípios. Esta divulgação anual obedece à lei
complementar nº 59, de 22 de dezembro de 1988, e ao artigo 102 da lei nº 8.443,
de 16 de julho de 1992. A tabela com a população estimada para cada município
foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) de hoje, 29 de agosto de
2013. Está previsto, no artigo 102 da lei nº 8.443, acima citado, que, até 20
dias após a publicação das estimativas, os interessados poderão apresentar
reclamações fundamentadas ao IBGE, que decidirá conclusivamente. Em seguida,
até 31 de outubro, o IBGE encaminhará as estimativas definitivas ao Tribunal de
Contas da União. Os resultados das Estimativas de População 2013, publicados no
D.O.U, também podem ser acessados na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2013/default.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2013/default.shtm
Em 2060, a população
terá voltado a um patamar próximo ao de 2025
A população total
projetada para o Brasil em 2013 foi de 201,0 milhões de habitantes, atingindo
212,1 milhões em 2020, até alcançar o máximo de 228,4 milhões em 2042, quando
começará a decrescer, atingindo o valor de 218,2 em 2060, nível equivalente ao
projetado para 2025 (218,3 milhões).
Idade média em que as
mulheres têm filhos deve chegar a 29,3 anos em 2030
A redução esperada no
nível de crescimento da população é decorrente, principalmente, da queda do
número médio de filhos por mulher, que vem decrescendo desde a década de 1970.
A taxa de fecundidade total (número médio de filhos por mulher) projetado para
2013 é de 1,77 filhos por mulher; a projeção é de 1,61 filhos em 2020 e 1,50
filho sem 2030.
Além da queda do
nível de fecundidade, projeta-se que o padrão etário de fecundidade por idade
da mulher também se altere, conforme já vem sendo observado na última década,
em direção a um envelhecimento da fecundidade no Brasil. Segundo a projeção, a
idade média em que as mulheres têm seus filhos, que está em 26,9 anos em 2013,
deve chegar a 28 anos em 2020 e 29,3 anos em 2030.
Acre deve manter a
maior taxa de fecundidade em 2030: 1,75 filhos por mulher
Enquanto, em 2013,
algumas unidades da Federação apresentam taxas de fecundidade muito superiores
à média nacional, como o Acre, com 2,59 filhos em média por mulher, o Amazonas
e Amapá, com 2,38 e 2,42 filhos em média por mulher, respectivamente, em 2030,
os valores máximos da fecundidade serão de 1,75 filho, em média, para o Acre e
1,45 filho em Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e
Distrito Federal.
Esperança de vida ao
nascer para ambos os sexos deve chegar a 80 anos em 2041
A projeção indica que
a esperança de vida ao nascer, que em 2013 chegou a 71,3 anos para homens e
78,5 anos para mulheres, em 2060, deve atingir 78,0 e 84,4 anos,
respectivamente, o que representa um ganho de 6,7 anos médios de vida para os
homens e 5,9 anos para as mulheres. Para ambos os sexos, a esperança de vida ao
nascer do brasileiro chegará aos 80,0 anos de idade em 2041.
Razão de dependência
deve atingir valor mínimo em 2022
A queda da fecundidade,
acompanhada do aumento na expectativa de vida, vem provocando um envelhecimento
acelerado da população brasileira, representado pela redução da proporção de
crianças e jovens e por um aumento na proporção de idosos na população.
O envelhecimento afeta
a razão de dependência da população, que é representada pela razão entre os
segmentos economicamente dependentes (abaixo de 15 e acima de 64 anos de idade)
e o segmento etário potencialmente produtivo (15 a 64 anos de idade), ou seja,
a proporção da população que teoricamente deveria ser sustentada pela parcela
economicamente produtiva.
As razões de
dependência, que eram de 46,0 em 2013 (ou seja, cada grupo de 100 indivíduos em
idade ativa teria que sustentar 46 indivíduos) atingirão o valor mínimo em 2022
(43,3) quando voltarão a subir, chegando em 2033 no mesmo nível verificado em
2013, até atingir 66,0 em 2060. O processo de redução das razões de
dependência, conhecido como “bônus demográfico” ou “janela de oportunidade”,
proporciona ao país oportunidades decorrentes de uma menor parcela da população
a ser sustentada pelo grupo economicamente ativo. Contudo, quando as razões de
dependência voltam a subir, esta “janela” começa a fechar-se. No caso, a
principal parcela da população a ser sustentada, anteriormente composta
majoritariamente por crianças, agora passa a ser de idosos. Em 2060, o
percentual da população com 65 anos ou mais de idade será de 26,8%, enquanto em
2013 esse percentual era de 7,4%.
Santa Catarina deverá
manter a maior esperança de vida ao nascer
Na projeção para as
unidades da Federação, Santa Catarina, que hoje já é a que tem a maior
esperança de vida ao nascer para ambos os sexos, deve se manter nessa posição,
com 80,2 anos já em 2020, chegando a 82,3 anos em 2030. No outro extremo, o
Maranhão terá a menor esperança de vida ao nascer em 2020, 71,7 anos. Já em
2030 essa posição deve ser ocupada pelo Piauí, com 73,4 anos.
Entre os homens, os
valores de esperança de vida mais elevados, projetados para 2030, serão
observados em Santa Catarina, de 79,1 anos e São Paulo, de 78,1 anos. Os
valores mais baixos serão os do Piauí, de 68,8 anos e do Pará, de 70,4 anos.
Entre as mulheres, os valores mais altos também serão de Santa Catarina, de
85,4 anos, seguida de Espirito Santo, com 84,7 anos. Rondônia, de 77,2 anos e
Roraima, de 77,5 anos experimentarão as mais baixas esperanças de vida
feminina.
Bahia deve ter maior
saldo migratório negativo e Santa Catarina, o maior saldo positivo
A tendência dos
volumes migratórios é de redução, em termos de saldo migratório (entrada de
imigrantes menos a saída de emigrantes), a projeção indica que, em 2020 e 2030,
a Bahia deve ter o saldo migratório com os maiores valores negativos, - 46,6
mil e - 39,3 mil, respectivamente. Nos mesmos anos, Maranhão, Rio Grande do
Sul, Ceará, Alagoas, Piauí e Pernambuco também terão saldos migratórios
negativos ainda expressivos, acima de 10 mil emigrantes. Já as unidades da
Federação que devem ter os maiores saldos positivos, acima de 10 mil
imigrantes, nos dois anos são Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Distrito
Federal e Espírito Santo. Santa Catarina deve se manter na liderança, com um
saldo de 37,1 mil imigrantes s em 2020 e 34,3 mil em 2030. (EcoDebate)
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