Imagens feitas pela NASA mostram o tufão Haiyan se
aproximando das Filipinas (©NASA Goddard MODIS Rapid Response Team).
“Há apenas 11 meses,
eu estive em Doha com minha delegação e pedimos que o mundo abrisse seus olhos
e encarasse a realidade. Naquela época, a República das Filipinas tinha sido
atingida por uma tempestade catastrófica. Menos de um ano depois, não podia
imaginar que um desastre muito maior viria”, disse Naderev Yeb Saño, chefe da
delegação Filipina na COP -19 (19a
Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que começou
hoje. O desastre ao qual Saño se refere é o tufão Haiyan, o mais intenso que já
atingiu as Filipinas.
Com ventos que
atingiram a velocidade de 275 km/h e ondas de 6 metros, o tufão atingiu a costa
leste das Filipinas em 08/11/13. A ilha de Leyte foi a mais atingida e a
estimativa é de que cerca de 10 mil pessoas tenham morrido devido aos impactos
devastadores do tufão. A maioria estava em Tacloban, a maior cidade de Leyte e
capital da província com cerca de 200 mil pessoas.
“As Filipinas têm um
histórico de tufões e de desastres naturais, no entanto, eventos climáticos
extremos tem sido cada vez mais frequentes e mais devastadores do que na última
década devido às mudanças climáticas. Hayian foi o 24o tufão a
atingir o país neste ano e é o mais devastador em toda a história filipina”,
afirmou Amalie Obusan, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace do Sudeste
da Ásia.
Além do número
assustador de mortes, calcula-se que mais de 750 mil pessoas tenham sido
removidas e deslocadas de suas cidades nas últimas 48 horas. “Agora, mais do
que nunca, é o momento de agir. Os países precisam tomar decisões conjuntas
para mitigar as mudanças climáticas e amenizar seus impactos negativos”,
continuou Obusan.
A fala do chefe da
delegação Filipina também reforça a necessidade de ação. Segundo Sanõ, “para
aqueles que continuam negando e ignorando a realidade das mudanças climáticos,
eu os desafio a saírem de suas confortáveis poltronas. Eles devem ir para as
ilhas do Pacífico, do Oceano Índico e do Caribe para enxergar os impactos do
aumento do nível do mar, devem ir até o Ártico onde comunidades locais estão
tendo que lidar com camadas de gelo que derretem cada vez mais rápido.”
À primeira vista, as
Filipinas e o Ártico podem parecer realidades distintas, no entanto, o que
acontece em ambos lugares é a prova de que as mudanças climáticas já são realidade.
Os tufões que atingem o Pacífico e a perda de gelo em extensão e volume no
Ártico demandam ação imediata. Foi para chamar a atenção do mundo para a
urgência do aquecimento global que 28 ativistas do Greenpeace protestaram
pacificamente contra a exploração de petróleo no Ártico no dia 18 de setembro.
Desde então, os
ativistas e dois jornalistas foram presos pela Guarda Costeira Russa, estão
detidos na Rússia e são sendo acusados de pirataria e de vandalismo. Se você
também quer defender o frágil ecossistema Ártico e apoia a atitude dos nossos
ativistas, clique no botão abaixo e envie uma mensagem à embaixada russa para
que libertem nossos ativistas. (greenpeace)
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