segunda-feira, 31 de março de 2014

Volume de chuvas e o risco de racionamento

País precisa que volume de chuvas dobre para afastar risco de racionamento, diz consultoria.
“Considerando as previsões de chuva até maio, com base nos níveis encontrados em janeiro e fevereiro, chegaríamos ao começo de julho com níveis iguais aos do racionamento de 2001”, afirma consultor.
Segundo a empresa Safira Energia, que atende as empresas como a Vale e Petrobras, considerando previsões de chuva até maio, chegaríamos a julho com níveis iguais aos do racionamento em 2001.
Apesar das chuvas que têm caído sobre diversas regiões do Brasil desde a semana passada, o atual cenário se mantém preocupante para o setor energético.
De acordo com Fábio Cuberos, gerente de regulação da consultoria Safira Energia, caso não chova o dobro da média de janeiro e fevereiro, o risco de racionamento pode se concretizar no meio de 2014.
A tendência é a de que os preços das tarifas de energia sejam altos durante todo o ano.
Estudo realizado pela consultoria, que atende a Light, Cemig, Vale e Petrobras, entre outros, compara a situação atual da geração de energia no Brasil com a de 2001, ano em que ocorreu o racionamento de energia no governo FHC.
Na análise é possível notar que, apesar de o país ter diversificado sua matriz energética nos últimos 13 anos, a dependência da energia hídrica é grande: a geração de energia térmica cresceu 400%, mas o Brasil não está livre do risco de racionamento em tempos de baixa precipitação.
Em fevereiro, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as chuvas equivalem a apenas 33% da média histórica.
- Considerando as previsões de chuva até maio, com base nos níveis encontrados em janeiro e fevereiro, chegaríamos ao começo de julho com níveis iguais aos do racionamento de 2001 - afirmou Cuberos ao Globo. - Não podemos ainda afirmar que haverá racionamento, mas, a cada dia que passa, o risco está aumentando.
Segundo o estudo, na época do racionamento, as fontes de energia eram até mais adequadas à demanda do que atualmente. O que pesou em 2001 foi a menor oferta de energia térmica para compensar as médias de precipitação muito baixas.
- Se não existissem as térmicas, estaríamos hoje bem próximos ao racionamento, como em 2001 - ressalta o engenheiro.
De acordo com o ONS, o nível das chuvas nos primeiros dois meses do ano para Sudeste e Centro-Oeste é o pior desde 1931. (veja)

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