Vista do coletor de água no sistema de
abastecimento de água da Cantareira.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp) anunciou em 13/03/14 que as cidades permissionárias do Sistema
Cantareira - aquelas que compram água da empresa no atacado - receberão a
partir de hoje menos água e terão que encontrar saídas próprias para evitar o
racionamento, informa o jornal O Estado de São Paulo.
O governo alega que a medida é necessária para repassar aos
"clientes" da Sabesp a exigência da Agência Nacional de Águas (ANA),
que determinou em 10/03/14 a redução em 15,5% da captação de água máxima nas
represas do Cantareira: de 33 mil litros por segundo para 27,9 mil.
PT versus PSDB
A Sabesp é a responsável direta pelo fornecimento de água em
364 dos 645 municípios paulistas. Nos demais, o fornecimento é feito pela
prefeitura, que pode comprar água no atacado da empresa ou recolher em represas
da região. A medida afetará diretamente duas cidades da Grande São Paulo que
recebem água do Sistema Cantareira: Guarulhos e São Caetano. A primeira, que já
vem sendo obrigada a fazer rodízio em seis bairros da cidade (com 210 mil
pessoas afetadas), alega que já recebe menos água do que o determinado pelo
contrato.
Dos 300 litros por segundo contratados, estariam entrando
apenas 200 litros por segundo na segunda maior cidade do Estado. O governo, por
sua vez, nega que esteja enviando menos água e culpa a prefeitura da cidade,
que é administrada pelo PT, por não conseguir reduzir o consumo.
Enquanto São Caetano reduziu a demanda em 18% - 100 litros
por segundo a menos, e evitou até agora um racionamento, Guarulhos não teria
conseguido diminuir o consumo. Em nota, a prefeitura afirmou que Guarulhos
“sofre historicamente pela vazão reduzida do volume de água enviado pela
Sabesp”.
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos
afirma, ainda, que faz ampla campanha de divulgação nos meios de comunicação e
sugere medidas de economia. O conjunto de ações inclui, segundo o órgão, carro
de som, cartazes, telemarketing e informes publicitários em emissoras de rádio e
jornais impressos. “Ao mesmo tempo, será concedido desconto na conta para quem
reduzir o consumo - 30% nas contas de quem reduzir o consumo em 20%, em
comparação à média mensal no período compreendido entre fevereiro de 2013 e
janeiro de 2014, e 10% para quem reduzir o consumo em 10%”, diz a nota. Sistema
semelhante foi adotado na Grande São Paulo pela Sabesp, para beneficiários do
Sistema Cantareira.
A Sabesp informa que o abastecimento está normal nas 364 cidades operadas pela companhia, mas não é possível responder pelas demais, uma vez que caberia a elas explicar como funciona o sistema de distribuição de água local. A cidade de Diadema, por exemplo, que também teve fazer rodízio de água, compra água no atacado da Sabesp. Mas, segundo a companhia, esse volume é fornecido pelo Sistema Rio Grande (Billings), que está com 98% de sua capacidade.
A Sabesp informa que o abastecimento está normal nas 364 cidades operadas pela companhia, mas não é possível responder pelas demais, uma vez que caberia a elas explicar como funciona o sistema de distribuição de água local. A cidade de Diadema, por exemplo, que também teve fazer rodízio de água, compra água no atacado da Sabesp. Mas, segundo a companhia, esse volume é fornecido pelo Sistema Rio Grande (Billings), que está com 98% de sua capacidade.
A Sabesp, por sua vez, informa que nunca deixou de entregar
o volume de água contratado pelo município de Guarulhos. A empresa reitera a
solicitação já apresentada em reunião com as prefeituras e serviços municipais
que recebem água por atacado da empresa (São Caetano do Sul, Guarulhos, Mauá,
Mogi das Cruzes, Diadema e Santo André, entre outras) de intensificar campanhas
de economia e de uso racional da água para assegurar o pleno abastecimento da
população.
O Estado procurou as administrações de Diadema e Mauá, para
comentar o assunto, mas não obteve resposta. (yahoo)
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