É ‘impossível’ retirar água do Paraíba do Sul, diz Pezão
Quase 15 milhões de pessoas no Estado fluminense e em cidades do Vale do
Paraíba, em São Paulo são abastecidas pelo rio.
O novo governador
do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), empossado em 04/04/14, falou sobre a principal divergência entre o Estado e São Paulo: a transposição
das águas do rio Paraíba do Sul, proposta pelo governador paulista Geraldo Alckmin
(PSDB) como alternativa para períodos de seca no sistema Cantareira.
Após a cerimônia de
posse na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Pezão disse que o tema será
analisado por técnicos do Rio, de São Paulo e da Agência Nacional de Águas
(ANA), por se tratar "de um rio nacional". Ele também afirmou que não
medirá esforços para que a atual destinação das águas seja mantida.
"Hoje é
impossível retirar água do Paraíba do Sul. Não vejo qualquer outra destinação
(para as águas) a não ser a que já é feita pelos Estados do Rio e de Minas
Gerais. Não vou medir esforços para que continue assim".
O rio Paraíba do
Sul nasce em São Paulo e passa pelo Rio e por Minas Gerais. Quase 15 milhões de
pessoas no Estado fluminense e em cidades do Vale do Paraíba, em São Paulo são
abastecidas pelo rio.
Na ocasião, Pezão
também disse que pedirá para presidente Dilma Rousseff (PT) R$ 6 bilhões em
empréstimos, metade para a linha 4 do metrô (Ipanema-Barra da Tijuca) e outra
metade para a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), para investimento
na expansão da rede de distribuição de água.
O governador
defendeu a rediscussão dos juros das dívidas de Estados e municípios com a
União, embora tenha dúvida se este é o melhor momento. "Rever o indexador
da dívida é importante para o Brasil. A maior extorsão com Estados e municípios
são os juros cobrados para a dívida", afirmou.
Sobre a ocupação
pelas Forças Armadas do Complexo ds Maré, amanhã, Pezão disse ter
"certeza" que a Garantia de Lei e da Ordem (GLO), que autoriza a ação
federal, será estendida além do dia 31 de julho, se for feito um pedido à
presidente. O governador afirmou que a ocupação "não é para a Copa, é para
libertar a população". (OESP)
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