Sabesp deve reduzir perda de água para 27%, diz agência
'Estado' revelou em fevereiro que empresa
desperdiçou 31,2% do volume produzido no trajeto até a caixa d’água dos
consumidores em 2013.
Apesar da queixa da Sabesp, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia
de São Paulo (Arsesp) manteve em 27% a meta do índice de perdas de água na
distribuição para 2016. Em fevereiro, o Estado revelou que a empresa
desperdiçou 31,2% do volume produzido no trajeto até a caixa d’água dos
consumidores em 2013, acima dos 24,4% divulgados pela companhia.
A diferença ocorre porque a Sabesp calcula a perda sobre o volume de
água faturado, ou seja, que é pago pelo consumidor. Por causa da tarifa mínima,
muitos clientes pagam a mais do que realmente consomem, fazendo com que esse
índice seja inferior ao de perda efetiva.
"A Arsesp reconhece que a meta de perdas de 27% para 2016
representa um desafio para a Sabesp, mas entende que é exequível", afirma
a agência. Segundo o órgão, a companhia alegou que o porcentual de perdas
apresentado nos últimos anos, em torno de 32%, está entre os cinco menores das
empresas do Brasil.
Mas, para a Arsesp, se excluir o volume de água que é vendido no
atacado, como para a cidade de Guarulhos, a perda de água em 2012, por exemplo,
foi de 35,6%. "Nesse caso, a Sabesp estaria numa posição muito inferior no
ranking nacional", diz a agência. A média nacional de desperdício efetivo
é de 38,8%, segundo dados de 2011 do Ministério das Cidades.
Em fevereiro, a Sabesp havia informado que "não há índice certo ou
errado para calcular as perdas no sistema de abastecimento" e que
"cada indicador tem uma finalidade e deve ser usado de acordo com a
necessidade para avaliar o sistema". (OESP)
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