Compreender como ocorre a relação
entre novos processos operacionais e sociais na relação homem/ambiente e
refletir sobre qual ambiente é este no qual estamos inseridos de forma ativa
nos torna seres sociais mais conscientes e integrados ao meio em que vivemos.
Fazemos parte do todo, que inclui todas as nossas relações como transformadoras
do ambiente. (MORIN, 2005)
Segundo Leff (2007) as questões
que envolvem a sustentabilidade, atingiram formas tão complexas, que nos fazem
pensar o ambiente dentro de variáveis que vão além do ambiente físico, pensar
as relações socioculturais e jurídicas para uma melhor gestão dos recursos
naturais disponíveis e inseridos no processo.
Esta é a gênese do meio antrópico
ou socioeconômico, que somado ao meio natural físico e biológico, é hoje
responsável pela construção de um novo tipo de conhecimento, para uma nova
forma de percepção ambiental, onde não se permite o isolamento, proporcionando
a integração.
A relevância do universo
operacional para a qualidade ambiental, somente será possível se o social
caracterizado pelo ser humano atuar de forma concreta, compatibilizando os
meios físico e biológico com o próprio meio socioeconômico, compreendendo e
interferindo como gestor das práticas ambientais (LEFF, 2007).
De acordo com Leff (2007), o
surgimento de iniciativas concretas de aplicação do conceito de
sustentabilidade indica que este está saindo do âmbito acadêmico e das
organizações não governamentais (ONGs), deixando de significar uma abordagem,
quase idealista para se tornar um dos principais norteadores das decisões de
investimentos governamentais e privados.
Uma resposta a necessidade de
conciliação de desenvolvimento econômico com gestão ambiental responsável, foi
o surgimento do desenvolvimento sustentável, que possui diversos conceitos
harmônicos entre si para expressar a sempre a mesma ideia de atender as
necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
Este conceito nasce do Relatório Brundtland, intitulado “Nosso futuro Comum” em
abril de 1987, pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente da Organização das
Nações Unidas.
O turismo como um todo,
considerando-se sua cadeia produtiva envolvida: agentes de viagens, meios de
transportes, meios de hospedagem, restauração, entretenimento, compras, etc.,
contribuem com mais de US$ 3,8 trilhões, valor equivalente a 11% do produto
interno bruto do mundo. É também responsável pela geração direta e indireta de
mais de 260 milhões de postos de trabalho, o equivalente à 10% da força de
trabalho mundial, representando uma em cada nove pessoas empregadas no mundo,
com perspectiva de serem criados mais 100 milhões de empregos até o ano de
2020.
Estes dados nos levam a crer que
em se tratando de economia, a indústria do Turismo tem grande
representatividade econômica mundial e consequentemente nacional justificando
plenamente o diagnóstico de percepção ambiental agora realizado.
Numa tentativa de expressar toda
a complexidade que se encerra no turismo, de forma clara e precisa já que
podemos tomar por base tanto o lado da oferta quanto o da demanda, destacamos
que o mesmo constitui-se como “o fenômeno que ocorre quando uma ou mais
indivíduos se trasladam a um ou mais locais diferentes de sua residência
habitual por um período maior que 24 horas e menor que 365 dias, sem participar
dos mercados de trabalho e capital dos locais visitados” (OMT, 2005).
No sentido mais simples do
conceito turístico onde talvez a palavra passagem, ficasse mas vinculada a
prática do turismo, mais do que passar é necessário “ficar”, ou seja, este
período composto por atividades de cultura e lazer em determinado local, só é
considerado turismo de fato se o for constituído pela permanência, mesmo que
apenas por uma noite. Os meios de hospedagem, então, se tornam indispensáveis
para caracterização e ocorrência da atividade turística.
O conforto e até o luxo
oferecidos pelos hotéis, estão frequentemente relacionados a extravagâncias e
desperdícios. Mas a cada dia é mais comum que empreendimentos e hóspedes tentem
aliar o bem-estar e o aconchego com o respeito ao meio ambiente. O movimento é
observado no Brasil e no mundo.
Mas um dos pontos que ainda
faltam avançar no País é a certificação no momento de construir os prédios pois
no pais, nenhuma construção de hotel é certificada. Segundo a ONG Green
Beuilding Council Brasil (GBC), hoje existem só 14 empreendimentos certificados
com o Leed – Leadership in Energy and Enviromnental Design, selo verde para a
construção civil. Em processo de certificação são 150 obras, entre as quais
alguns hotéis. Um deles será instalado na zona sul de São Paulo e outros na
região nordeste do pais. (ecodebate)
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