sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Alckmin que ampliar bônus e oferecer desconto na água

Alckmin que ampliar bônus e oferecer desconto na água conforme a economia
Governo de SP cria novo bônus para quem economizar água
Bonificação, que ainda não tem data para entrar em vigor, será proporcional à economia, até o teto de 20%.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que planeja criar um novo bônus para incentivar a economia de água na Região Metropolitana de São Paulo. O tucano pretende dar descontos também para consumidores da Sabesp que economizarem menos do que os 20% estipulados no primeiro semestre e que já está em vigência. Quem economizar 5%, por exemplo, terá desconto de 5% na conta de água - ou seja, o desconto passará a ser proporcional à economia, mas só até o teto de 20%. Segundo o governador, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) submeterá essa proposta a seu conselho de administração, mas a expectativa é que a medida seja aprovada.
Alckmin disse ainda que a falta de água enfrentada por muitas pessoas na Grande São Paulo nos últimos dias foi motivada por problemas técnicos no fim de semana, em Osasco e Americanópolis. Ele afirmou que os problemas são "pontuais" e voltou a descartar o racionamento. O governador ainda negou que a água do Sistema Cantareira vá acabar em novembro. Segundo o tucano, a fala da presidente da Sabesp, Dilma Pena, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito, na Câmara Municipal, foi deturpada. "Isso é mentir para a população. As manchetes não foram isso (o fato de que a primeira cota do volume morto terminará em novembro). Infelizmente, há uma coisa para desinformar a população", disse Alckmin.
Nesta quarta-feira, Dilma Pena afirmou que com o atual ritmo de consumo e a falta de chuva, a água do primeiro estoque do volume morto deve acabar em meados de novembro. Apesar de admitir a crise hídrica, ela prevê a volta das chuvas a partir do dia 20 deste mês e conta com as obras para a captação da segunda cota do volume morto no Sistema Cantareira para evitar o desabastecimento generalizado. “Temos disponibilidade suficiente para atender a população na atual situação até meados de novembro”, disse a presidente do órgão, em seu segundo depoimento à CPI da Sabesp na Câmara Municipal da capital paulista.
A previsão de Dilma está em linha com a do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que apontou o clima quente e seco na capital até o final desta semana. Depois, a chegada de uma frente fria deve provocar chuvas na região. A Sabesp está à espera de autorização judicial para usar a segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira, que opera a 4,5% da sua capacidade. Desde o início do ano, o nível do reservatório, que abastece 6,5 milhões de pessoas da Grande São Paulo, vem caindo exponencialmente. Ela disse ainda que a companhia está fazendo uma obra capaz de aumentar o nível do Sistema Cantareira em até 12%, com a captação da segunda cota do volume morto. “Temos uma obra já licenciada, em fase de finalização, para disponibilizar 106 milhões de metros cúbicos para o Cantareira", afirmou. 
Alckmin negou também que a Sabesp já esteja retirando água desse segundo volume morto, como apontou a Agência Nacional de Águas (ANA). "Se temos ainda 40 bilhões de litros de água da primeira reserva técnica, por que entrar na segunda? Não tem sentido". O governo de São Paulo acionou a Justiça para garantir a utilização desse volume. Ele afirmou que, além da primeira reserva de volume morto do Sistema Cantareira – com 40 milhões de metros cúbicos de água e já em utilização –, existe outra, com 108 milhões de metros cúbicos de água. É essa parte do volume morto que garantirá água para a população caso a primeira acabe. (veja)

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