Propostas contra falta d’água serão feitas até 01/12 para a
ANA.
Termina em 01/12 o prazo para que usuários
dos rios ligados ao Sistema Cantareira apresentem propostas que poderão ser
incorporadas às regras que serão definidas para enfrentar a crise hídrica. As
ideias são sendo encaminhadas para a Agência Nacional de Águas (ANA) e para o
Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee), que devem fazer um único projeto,
a ser anunciado até a segunda quinzena do mês. Muitas das propostas partiram
dos usuários das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), em
Campinas e cidades próximas.
O Consórcio PCJ elaborou três projetos. Um
deles sugere a decretação do "estado crítico" do sistema, o que
permitiria a adoção de medidas imediatas para reduzir o consumo de água por
parte da população.
Também está sendo
proposto que seja respeitado o "princípio constitucional da isonomia no
trato com a água". Isso ajudaria as indústrias e grandes usuários, que,
pela proposta inicial do governo federal, teriam até 30% menos água. Se acatada
esta questão, o corte valeria para todos e incluiria a Grande São Paulo. O PCJ
ainda propõe que as saídas encontradas agora não sejam definitivas e novamente
discutidas durante a renovação da outorga do Cantareira, em outubro de 2015.
No geral, quem depende da água em Minas
Gerais e será prejudicado, se mostra contra ceder mais água para São Paulo,
posição que foi colocada durante três encontros realizados no sul de Minas com
representantes da ANA e do Daee.
Procurada, a Agência Nacional de Águas (ANA)
não divulgou o número de sugestões recebidas. Também não há uma data definida
para que as novas regras entrem em vigor.
Desemprego
Um levantamento do Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo (Ciesp) aponta que a falta de água na região do PCJ pode
causar 3 mil demissões.Em Campinas, o Ciesp aponta que mais da
metade das empresas não tem fonte alternativa de água. Por isso, indústrias
pediram autorização ao Daee para substituir a captação da água em rios por
poços artesianos. Não há definição do órgão estadual. A região tem 557
empresas, com faturamento anual de R$ 26 bilhões.
O prefeito de Indaiatuba (SP) e atual
presidente do Consórcio PCJ, Reinaldo Nogueira, diz que empresas da região já
pensam em mudar, caso não vejam os investimentos necessários para que possam
ter tranquilidade. "Como uma empresa vai querer se instalar em Itu, por
exemplo?", diz, se referindo à cidade que tem sido uma das mais
prejudicadas com a crise hídrica e está em esquema de racionamento. (OESP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário