Emissões
globais de carbono ficam estáveis após quase 40 anos de alta
As emissões globais de dióxido de carbono no setor de energia
estagnaram em 2014, quebrando altas constantes ao longo das últimas quatro
décadas, exceto em anos com crise econômica, afirmou a Agência Internacional de
Energia em 13/03/15.
As emissões de dióxido de carbono ficaram estáveis em 32,3
bilhões de toneladas em 2014, na comparação a 2013, segundo a AIE.
"Isso é tanto uma surpresa bem-vinda como uma das mais
importantes", disse o economista-chefe da AIE, Fatih Birol, em comunicado.
"Me dá ainda mais a esperança de que a humanidade será capaz de trabalhar
em conjunto para combater a mudança climática, a ameaça mais importante para
nós hoje."
A AIE, que tem sede em Paris e aconselha os governos de
países desenvolvidos, afirmou que a paralisação do crescimento das emissões
está ligada a padrões ecológicos de consumo de energia na China, o maior país
emissor de carbono, à frente dos Estados Unidos, e em nações desenvolvidas.
"Na China, 2014 viu uma maior geração de eletricidade a
partir de fontes renováveis, como energia hidráulica, solar e eólica, e menos
queima de carvão", afirmou.
Birol disse que os dados fornecem "uma força muito
necessária aos negociadores que se preparam para alcançar um acordo climático
global em Paris em dezembro: pela primeira vez, as emissões de gases de efeito
estufa estão se dissociando do crescimento econômico".
Uma cúpula a ser realizada em Paris deve chegar a um acordo
para limitar as emissões globais que, segundo um painel de cientistas do clima
da Organização das Nações Unidas (ONU), são responsáveis por provocar mais
ondas de calor, inundações e elevação do nível do mar.
A AIE afirmou que as emissões de carbono estão estagnando ou
caíram apenas três vezes desde que começou a coleta de dados há 40 anos, sendo
anteriormente ligada a quedas econômicas - no início dos anos 1980, em 1992 e
2009.
Em 2014, no entanto, a economia global cresceu 3%.
"Esses números mostram que o crescimento verde é viável
não apenas para a Grã-Bretanha, mas para o mundo", disse o secretário de
Energia e Mudança Climática britânico, Ed Davey.
"No entanto, não podemos ser complacentes, precisamos
cortar drasticamente as emissões, não apenas conter o seu crescimento." (noticiasagricolas)
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