A revista britânica The Economist
publicou um mapa interativo com a evolução da urbanização mundial e das cidades
globais no mundo entre 1950 e 2030. Em 1950, 7 em cada 10 habitantes viviam em
áreas rurais (70,4%).
Dos 29,6% habitantes das zonas
urbanas, a maior quantidade (17,7%) vivia em cidades com menos de 300 mil
habitantes. As cidades entre 300 mil e 500 mil habitantes abarcavam apenas 2%
da população mundial. As cidades entre 500 mil e um milhão de habitantes
abarcavam 2,6% da população mundial. Aquelas entre 1 milhão e 5 milhões de
habitantes abrigavam 5,1% da população mundial. As cidades entre 5 milhões e 10
milhões de habitantes absorviam 1,3% da população mundial.
Em 1950 as megacidades, aquelas com
mais de 10 milhões de habitantes abarcavam somente 0,9% da população mundial. Somente
as áreas metropolitanas de Nova Iorque e Tóquio estavam classificadas nesta
última categoria. O maior município do Brasil, em 1950, era a cidade do Rio de
Janeiro, com 2,4 milhões de habitantes, superando São Paulo que tinha 2,2
milhões de habitantes.
No ano 2000, a percentagem da população rural caiu para 53,4%. Dos 46,6% habitantes das zonas urbanas na virada do milênio, a maior quantidade (21,9%) ainda viviam em cidades com menos de 300 mil habitantes. As cidades entre 300 mil e 500 mil habitantes passaram a abarcar 3,1% da população mundial. As cidades entre 500 mil e um milhão de habitantes abarcavam 4,3% da população mundial. Aquelas entre 1 milhão e 5 milhões de habitantes abrigavam 9,8% da população mundial. As cidades entre 5 milhões e 10 milhões de habitantes absorviam 3,4% da população mundial. As megacidades, aquelas com mais de 10 milhões de habitantes deram um grande salto para 4,2% da população mundial.
No ano 2000, a percentagem da população rural caiu para 53,4%. Dos 46,6% habitantes das zonas urbanas na virada do milênio, a maior quantidade (21,9%) ainda viviam em cidades com menos de 300 mil habitantes. As cidades entre 300 mil e 500 mil habitantes passaram a abarcar 3,1% da população mundial. As cidades entre 500 mil e um milhão de habitantes abarcavam 4,3% da população mundial. Aquelas entre 1 milhão e 5 milhões de habitantes abrigavam 9,8% da população mundial. As cidades entre 5 milhões e 10 milhões de habitantes absorviam 3,4% da população mundial. As megacidades, aquelas com mais de 10 milhões de habitantes deram um grande salto para 4,2% da população mundial.
A China e a Índia foram os países que
apresentaram o maior número de megacidades no ano 2000. Na América Latina, as
áreas metropolitanas do México, São Paulo, Riio de Janeiro e Buenos Aires
passaram a ser consideradas megacidades, assim como a cidade do Cairo na
África.
As projeções para o ano 2030 indicam
uma maioria da população urbana (60%) sobre a rural (40%), sendo que 23% devem
estar nas cidades com menos de 300 mil habitantes. As cidades entre 300 mil e
500 mil habitantes devem abarcar 3,8% da população mundial. As cidades entre
500 mil e um milhão de habitantes devem absorver 6,1% da população mundial.
Aquelas entre 1 milhão e 5 milhões de habitantes devem abrigar 13,4% da
população mundial. As cidades entre 5 milhões e 10 milhões de habitantes devem
ser abrigo de 5,2% da população mundial. As megacidades com mais de 10 milhões
de habitantes devem chegar à casa de 8,6% da população mundial.
Quase 9% da população mundial viverá
nas 41 megacidades (aqueles com mais de 10 milhões de habitantes) em 2030. A
Ásia será responsável por mais da metade da 29 megacidades do mundo. Mas é na
África que deve ocorrer o maior crescimento demográfico e a urbanização mais
rápida. Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, verá a sua
população aumentar cem vezes a partir de 200 mil habitantes em 1950 para cerca
de 20 milhões de habitantes na projeção para 2030. Lagos, a cidade mais
populosa da Nigéria, terá mais de 24 milhões de residentes em 2030, assim como
Cairo no Egito.
Como mostraram Martine, Alves e Cavenaghi (2013), a transição urbana acontece de forma sincrônica com a transição demográfica, sendo que ambas abrem uma grande janela de oportunidade para a melhoria das condições de vida de todos os cidadãos do mundo. Por exemplo, a esperança de vida ao nascer da população mundial passou de 47 anos no quinquênio 1950-55 para 70 anos no quinquênio 2010-15. A mortalidade infantil caiu de 135 por mil para 37 por mil no mesmo período. Também houve aumento da renda e dos níveis educacionais dos habitantes do globo neste período. Portanto, o processo de urbanização e de crescimento das megacidades tem sido acompanhado por maiores direitos e avanços de cidadania em relação àqueles das populações rurais.
Como mostraram Martine, Alves e Cavenaghi (2013), a transição urbana acontece de forma sincrônica com a transição demográfica, sendo que ambas abrem uma grande janela de oportunidade para a melhoria das condições de vida de todos os cidadãos do mundo. Por exemplo, a esperança de vida ao nascer da população mundial passou de 47 anos no quinquênio 1950-55 para 70 anos no quinquênio 2010-15. A mortalidade infantil caiu de 135 por mil para 37 por mil no mesmo período. Também houve aumento da renda e dos níveis educacionais dos habitantes do globo neste período. Portanto, o processo de urbanização e de crescimento das megacidades tem sido acompanhado por maiores direitos e avanços de cidadania em relação àqueles das populações rurais.
Porém, o crescimento exponencial da
população e da economia tem provocado uma deterioração das condições ambientais
do planeta, o que já está comprometendo o futuro do progresso civilizacional,
diante de uma natureza devastada. Diversos estudos mostram que a concentração
urbana é menos danosa do que o espraiamento demográfico suburbano e rural. Mas
os desafios gerados pela especulação imobiliária, pela imobilidade urbana, pela
segregação habitacional, pela demanda de serviços ambientais e pela poluição
exigem soluções urgentes para evitar que as grandes cidades virem um barril de
pólvora, que pode explodir detonando as condições de vida humana e não humana
do Planeta. (ecodebate)
Um comentário:
Da antinomicidade e paradoxalidade que parecem erupcionar nas diversidades da ocupação humana aglomerada, uma delas entre milhares, há entre 2 cidades, Daka capitalzona de Bangladesh e Prostêjov no interior da República Tcheca. Um visitante ainda que fugaz, turbinado por um sentimento que não é seu, mas que lhe foi dado de um mundo superior, vai ter os ponteiros intelectuais de seu cérebro levados ao VDO. É que aquela do delta do Ganges está num planeta, a europeia noutro, ambos como que distantes, desconhecidos e inimagináveis, antinômicos e paradoxais para a lógica do amor sem fronteiras. O alento humilde e escatológico da transitoriedade humana é que vai serenar o coração magnânimo daquele visitante...:)
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