segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cordeirópolis quer reflorestar 56 nascentes

Contra crise hídrica, Cordeirópolis quer reflorestar 56 nascentes
Projeto prevê plantio de mudas em região que tem 14% de mata nativa.
Em 2014, cidade decretou estado de emergência devido à estiagem.
Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Tatu em Cordeirópolis.
Cordeirópolis (SP) quer aumentar a oferta hídrica nos próximos anos com a recuperação da mata nativa em 56 nascentes. O projeto lançado nesta semana prevê o plantio de pelo menos 127 mil mudas de árvores em 15 anos.
Os cursos d’água ficam na Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Tatu, que nasce em Cordeirópolis, cruza Limeira e deságua no Rio Piracicaba.
Apesar da riqueza hídrica, 53% dessa área são ocupadas por cana-de-açúcar e apenas 14% ainda são vegetação original, segundo apontou um estudo técnico feito por uma empresa contratada para o projeto ProMata.
Em 2014 a cidade decretou emergência devido à estiagem e, pela primeira vez, captou água na bacia do ribeirão. Durante a crise, as nascentes do local chegaram a ser responsáveis por até 90% do abastecimento da população.
“Continuamos usando em 2015 e, atualmente, cerca de 40% da água consumida vem de lá. Temos um índice de vegetação nativa muito baixo e é preciso recompor a área ciliar. Essa região escolhida tem uma localização logística muito importante”, disse o prefeito Amarildo Zorzo (PV).
O projeto começou a ser desenvolvido em 2014 pela Prefeitura e promotores do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema).
O Consórcio dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) auxilia com apoio técnico, doação de mudas e ajuda na obtenção de recursos. A iniciativa vai custar R$ 7 milhões, que segundo a Prefeitura serão pagos pelos cofres públicos e empresas particulares.
Além de um mapa atualizado do uso do solo, o estudo já identificou o número total de fontes e o perfil de cada uma. O diagnóstico apontou 15 nascentes prioritárias, onde o plantio vai ser iniciado até junho. Esses cursos d’água ficam mais próximos às represas do Barro Preto e do Cascalho e têm maior potencial de abastecimento, segundo a Prefeitura. (g1)

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